Senadores criticam decisão do TJDFT de manter no ar vídeo ofensivo à senadora Regina Sousa

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LOC: OS SENADORES CRITICARAM EM PLENÁRIO A DECISÃO DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO DF DE MANTER NO AR VÍDEO OFENSIVO À SENADORA REGINA SOUSA. LOC: O ARGUMENTO FOI DE QUE SE TRATA DE LIBERDADE DE EXPRESSÃO. PARA OS PARLAMENTARES, O VÍDEO É PRECONCEITUOSO E PROVIDÊNCIAS DEVEM SER TOMADAS. A SENADORA VAI RECORRER DA DECISÃO. REPÓRTER MARCELLA CUNHA. (Repórter) O Tribunal de Justiça do Distrito Federal suspendeu a liminar que determinava ao Youtube a retirada de vídeo ofensivo à senadora Regina Sousa, do PT do Piauí. O material foi gravado pela blogueira Joice Hasslemann no impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, durante discurso da senadora piauisense na tribuna e usa palavras como semianalfabeta e gentalha. Regina Sousa classificou as ofensas como terríveis e se disse surpresa com a decisão. (Regina Sousa) “E que foi unanimidade. Eu fico pensando o que passa na cabeça de um colegiado que aceita uma crítica das pessoas fazendo isso. Eu fico pensando que esse tribunal acha que eu sou gentalha, analfabeta, anta. Só pode.” (Repórter) Ao criticar a determinação da Justiça, a senadora Simone Tebet, do PMDB do Mato Grosso do Sul, se disponibilizou a cobrar uma punição para o caso, que considera uma demonstração de racismo. (Simone Tebet) “Se precisarmos ir à Justiça para isso, esse é o papel da Mesa Diretora falar por todos nós e também da nossa Comissão de Direitos Humanos. Conte comigo para estar à frente dessa trincheira. Nós temos que começar a falar.” (Repórter) O senador Jorge Viana, do PT do Acre, também se solidarizou. (Jorge Viana) “Tenho muito orgulho de ser Senador do Senado e de haver uma Senadora como a senhora. Os discursos que fez, a coerência que tem.” (Repórter) Já a senadora Marta Suplicy, do PMDB de São Paulo, disse que vai cobrar uma manifestação da Procuradora-Geral da Mulher. (Marta Suplicy) “É injusto para todas as mulheres negras neste Brasil e é injusto para todas as mulheres que um dia também querem chegar ao Senado, almejam chegar ao Senado.” (Repórter) A decisão judicial afirma que "a liberdade de expressão, para ser garantida, não precisa ficar confinada ao debate polido entre estranhos políticos". A senadora Regina Sousa vai recorrer da decisão através da Advocacia do Senado Federal.