Procuradoria da Mulher debate gravidez na adolescência — Rádio Senado
Mulheres

Procuradoria da Mulher debate gravidez na adolescência

31/05/2016, 13h38 - ATUALIZADO EM 31/05/2016, 13h38
Duração de áudio: 02:19
PROCURADORIA DA MULHER/Pauta Feminina: Debate gravidez na adolescência. Entre os expositores, representantes do Unicef, do Ministério da Saúde, e da Organização Pan-Americana de Saúde.
Data: 31/05/2016
Horário: 10:00:00
Local: Ala Senador Alexandre Costa, Plenário nº 9

Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado.
Marcos Oliveira / Agência Senado

Transcrição
LOC: A PROCURADORIA DA MULHER DO SENADO DEBATEU NESTA TERÇA-FEIRA A GRAVIDEZ NA ADOLESCÊNCIA. LOC: DESIGUALDADES REGIONAIS, VIOLÊNCIA, FALTA DE INFORMAÇÃO E MOTIVOS CULTURAIS FORAM APONTADOS PELOS CONVIDADOS COMO CAUSAS DA GRAVIDEZ INDESEJADA NA ADOLESCÊNCIA. DETALHES COM A REPÓRTER IARA FARIAS BORGES: TÉC: A gravidez na adolescência foi o tema escolhido para debate no encontro de maio da Pauta Feminina da Procuradoria da Mulher. Um de cada cinco partos realizados no Brasil é de jovem entre 15 e 19 anos, informou a representante da Organização Pan-Americana de Saúde, Haydee Padilla. E apenas a metade dos adolescentes tem acesso a métodos contraceptivos. Na avaliação de Haydée, o país precisa investir mais nas políticas públicas dirigidas aos adolescentes, especialmente em educação. (HAYDEE) “Para que as pessoas mudem comportamentos, atitudes, temos que ter pessoas que tem um nível de educação alto. Se um país tem problemas de educação tem problemas de desenvolvimento social, econômico, cultural”. (Iara): Entre os problemas de ter filho até os 19 anos, o médico Luís Carlos Sakamoto, do Centro de Referência da Saúde da Mulher, em São Paulo, ressaltou a gravidez de alto risco, que pode levar à morte materna, o baixo peso ou prematuridade do bebê, assim como o abandono ou a violência infantil. E, muitas vezes, a gravidez na adolescência está relacionada à pobreza e falta de oportunidades das jovens, à violência sexual e o desconhecimento sobre contracepção. Esther Vilela, coordenadora-Geral de Saúde das Mulheres do Ministério da Saúde, ressaltou a importância de oferecer métodos anticonceptivos seguros e levar informações sobre reprodução para que a maternidade seja uma opção e não falta de alternativas. (ESTHER) “Adolescente pode engravidar? Pode. Desde que ela engravide porque ela quer, porque é um desejo dela”. (Iara): Os convidados ainda criticaram o recente estupro coletivo sofrido por jovem no Rio de Janeiro. O debate sobre gravidez na adolescência foi realizado em parceria com a Procuradoria da Mulher da Câmara dos Deputados e a Bancada Feminina da Câmara dos Deputados. A deputada Jô Moraes, do PCdoB de Minas Gerais, coordenou o encontro. Da Rádio Senado, Iara Farias Borges.

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