Oposição e governo divergem sobre PEC que prevê eleições diretas no caso da saída de Temer — Rádio Senado
Crise política

Oposição e governo divergem sobre PEC que prevê eleições diretas no caso da saída de Temer

22/05/2017, 20h19 - ATUALIZADO EM 22/05/2017, 20h19
Duração de áudio: 02:12
Brasília - DF 05/10/2016. Presidente Michel Temer durante cerimônia de Posse do novo Ministro de Estado do Turismo, Marx Beltrão Lima Siqueira. Foto: Beto Barata/PR
Beto Barata

Transcrição
LOC: OPOSIÇÃO VAI INSISTIR NA VOTAÇÃO DA PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO QUE PREVÊ A REALIZAÇÃO DE ELEIÇÕES DIRETAS. LOC: LÍDER DO GOVERNO DIZ QUE NÃO HÁ CARGO VAGO NA PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA PARA O CONGRESSO FAZER QUALQUER MUDANÇA NA LEI. REPÓRTER HÉRICA CHRISTIAN. (Repórter) O senador Lindbergh Farias, do PT do Rio de Janeiro, quer apresentar à Comissão de Constituição e Justiça o relatório da PEC do senador Reguffe, do Distrito Federal, que permite a realização de eleições diretas faltando um ano para o fim do mandato em caso de vacância dos cargos de presidente e vice. Hoje, cabe ao Congresso Nacional fazer uma eleição indireta para a escolha do novo presidente faltando dois anos para o término do mandato. Lindbergh Farias destacou que, além do Senado, a Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados também discute uma proposta parecida. (Lindbergh Farias) Então, a gente vai tentar nessa quarta-feira votar essas duas PECs, lá na Câmara e no Senado, para começar um processo de tramitação. Acho que elas vão ganhar força com o aprofundamento da crise, quando as pessoas perceberem que o povo não vai aceitar uma eleição indireta de um presidente da República. Inclusive, não existem nomes e quando a gente vê as alternativas hoje aqui, são nomes que não passam na opinião pública. (Repórter) O líder do governo, senador Romero Jucá, do PMDB de Roraima, ironizou a tentativa da aprovação de eleições diretas agora. (Romero Jucá) Não há nenhum tipo de vacância. Então, se não há vacância, não há substituição. Essa é uma discussão inócua. Se não tivemos nem ainda a perícia da fita, se as pessoas não foram ouvidas, se ninguém ainda foi investigado, o que é que vai se discutir? A discussão é uma discussão política e uma tentativa de paralisar o País e o governo. (Repórter) O líder do PV, senador Alvaro Dias, do Paraná, alertou para questionamentos sobre uma eventual aprovação de eleição direta. (Alvaro Dias) Seria uma antecipação das eleições de 2018 ou seria uma eleição direta para o mandato tampão? Temos que seguir um cronograma. É melhor um passo seguro do que avanços irresponsáveis, avanços com base na aventura. É claro que estamos vivendo uma tragédia, mas estamos avançando. Estamos tendo a oportunidade de uma grande limpeza. (Repórter) A PEC das eleições diretas precisa ser aprovada pela CCJ para ir ao Plenário do Senado antes de seguir para análise da Câmara dos Deputados. Pec 67/2016

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