Gleisi Hoffmann afirma que prisão do ex-ministro Paulo Bernardo foi “espetáculo midiático” — Rádio Senado
Plenário

Gleisi Hoffmann afirma que prisão do ex-ministro Paulo Bernardo foi “espetáculo midiático”

27/06/2016, 19h33 - ATUALIZADO EM 27/06/2016, 19h42
Duração de áudio: 02:01
Edilson Rodrigues/Agência Senado

Transcrição
LOC: A SENADORA GLEISI HOFFMANN, DO PT DO PARANÁ, OCUPOU A TRIBUNA DO SENADO NESTA SEGUNDA-FEIRA PARA FALAR PELA PRIMEIRA VEZ SOBRE A PRISÃO DO MARIDO, O EX-MINISTRO PAULO BERNARDO. LOC: A SENADORA DISSE QUE ESTÁ INDIGNADA E QUE A AÇÃO DA POLÍCIA FEDERAL TEVE A CLARA INTENÇÃO DE CONSTRANGER. REPÓRTER MAURÍCIO DE SANTI: TÉC (Repórter): Paulo Bernardo está preso na Superintendência da Polícia Federal em São Paulo desde a última quinta-feira. A senadora Gleisi Hoffmann, do PT do Paraná, que é casada com o ex-ministro, já tinha divulgado uma nota por meio das redes sociais onde manifestou indignação pela prisão e pela forma como se deu a operação. Agora, na tribuna da Casa, a senadora voltou a criticar o que chamou de espetáculo midiático: (GLEISI HOFFMANN): Minha indignação é profunda e sincera. Nossa família não mereceu. A operação montada para busca e apreensão em nossa casa e para a prisão do Paulo foi surreal. Até helicópteros foram usados. Força policial armada, muitos carros. Para que isso? Chamar a atenção? Demonstração de força? Humilhação? Gasto de dinheiro público desnecessário. Foi isso. Foi uma clara tentativa de humilhar um ex-ministro dos governos Lula e Dilma, que colheu muitos elogios no exercício do seu cargo. (Repórter): Gleisi Hoffmann também acredita que a ação teve a intenção de prejudicar a atuação dela na Comissão Especial do Impeachment. Mas confirmou que não deixará o colegiado. O líder do PR, senador Wellington Fagundes, de Mato Grosso, disse que a senadora conta com a solidariedade de toda a Casa: (WELLINGTON FAGUNDES): Mesmo aqueles mais radicais da situação reconheceram do carisma, do respeito pelo casal. Então, portanto, eu creio que esse é o momento de levantar a cabeça e ter a certeza de que aqui no plenário todos nós estamos também revoltados, principalmente pela forma como foi feito. (Repórter): O primeiro vice-presidente do Senado, Jorge Viana, do PT do Acre, lembrou que a Casa já fez uma reclamação ao Supremo Tribunal Federal: (JORGE VIANA): Só quem pode determinar busca e apreensão em casa de parlamentares, de senadores, é o Supremo Tribunal Federal, a pedido do Procurador Geral da República, e nenhuma das duas prerrogativas foram cumpridas nesse caso. (Repórter): O ex-ministro Paulo Bernardo é acusado de participação em um esquema de corrupção envolvendo o Ministério do Planejamento, entre 2010 e 2015. Da Rádio Senado, Maurício de Santi.

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