Senado faz sessão de homenagem à Marcha das Margaridas — Rádio Senado

Senado faz sessão de homenagem à Marcha das Margaridas

O Senado fez uma sessão em homenagem à Marcha das Margaridas, que ocorre nesta semana em Brasília. Neste ano, são esperadas mais de 100 mil mulheres na capital do país. O senador Beto Faro (PT-PA) ressaltou que a marcha deste ano vai recordar os 40 anos do assassinato da sindicalista Margarida Alves.

15/08/2023, 15h42 - ATUALIZADO EM 15/08/2023, 15h43
Duração de áudio: 02:03
Foto: Roque de Sá/Agência Senado

Transcrição
O SENADO HOMENAGEOU A MARCHA DAS MARGARIDAS, MOVIMENTO QUE DEVE REUNIR MAIS DE CEM MIL MULHERES EM BRASÍLIA NESTA SEMANA. O EVENTO DESTE ANO MARCA OS 40 ANOS DO ASSASSINATO DA SINDICALISTA MARGARIDA ALVES. REPORTAGEM DE RODRIGO RESENDE. O Senado homenageou a Marcha das Margaridas, evento que ocorre em Brasília a cada 4 anos e reúne mulheres do campo de todo país. Neste ano, são esperadas mais de 100 mil mulheres na capital do país. Representante da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura e coordenadora-geral da Marcha das Margaridas, Mazé Morais, lembrou que há 40 anos aconteceu o assassinato de Margarida Alves, que dá nome ao evento. Mazé - Nesse ano de dois mil e vinte e três, ano que marca os quarenta anos de execução de Margarida Alves, grande liderança sindical que nomeia a Marcha das Margaridas, estamos aqui construindo a ação histórica guiada pelos princípios de um feminismo capitalista, antirracista e antipatriarcal. O senador Beto Faro, do PT do Pará, que solicitou a sessão, também destacou a trajetória de Margarida Alves. Beto Faro - Vivenciou a dificuldade enfrentada pelos trabalhadores do campo e quando adulta mergulhou na luta pelo direito dos camponeses. Sua trajetória de coragem como líder sindical foi brutalmente encerrada pouco depois do seu aniversário de cinquenta anos em doze de agosto de mil novecentos e oitenta e três. Margarida foi assassinada a mando de fazendeiros na sua própria casa. Na frente do marido e dos filhos. Lucinéia Miranda de Freitas, representante do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, MST, ressaltou que o momento é de buscar novas conquistas, principalmente para as mulheres de populações minoritárias. Lucineia - E agora a gente vive esse momento de projeção. De projetar a conquista e a garantia dos direitos que historicamente foram negados às mulheres da classe trabalhadora, mas principalmente as mulheres do campo, das florestas e das águas. Também participaram da sessão a ministra das Mulheres, Maria Aparecida Gonçalves, e o ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira. Da Rádio Senado, Rodrigo Resende.

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