Jornal do Senado
Transcrição
EU SOU PAULA GROBA
E ESTES SÃO OS DESTAQUES DE HOJE DO JORNAL DO SENADO, QUE COMEÇA AGORA
SENADO E CÂMARA ENCERRAM CÚPULA DO P20 COM DECLARAÇÃO CONJUNTA ÀS NAÇÕES
PRESIDENTE RODRIGO PACHECO DEFENDE PAPEL DOS PARLAMENTOS NA PROMOÇÃO DA JUSTIÇA SOCIAL
PARLAMENTARES DEFENDEM MUDANÇAS NO CONSELHO DE SEGURANÇA DA ONU E EM ORGANISMOS MULTILATERAIS
BOA NOITE! A DÉCIMA CÚPULA DE PRESIDENTES DE PARLAMENTOS DOS PAÍSES DO G20 FOI ENCERRADA NESTA SEXTA-FEIRA COM A APRESENTAÇÃO DE UMA DECLARAÇÃO CONJUNTA, QUE SERÁ ENTREGUE AOS GOVERNANTES DOS PAÍSES PARTICIPANTES DO G20, NOS DIAS 18 E 19 DE NOVEMBRO, NO RIO DE JANEIRO. COM O TEMA "PARLAMENTOS POR UM MUNDO JUSTO E UM PLANETA SUSTENTÁVEL", O ENCONTRO REUNIU, AQUI NA SEDE DO CONGRESSO NACIONAL EM BRASÍLIA, 23 PAÍSES, SENDO 15 DELES DO G20 E OITO CONVIDADOS. A REPORTAGEM É DE MARCELLA CUNHA:
A Argentina foi o único país que não assinou a declaração conjunta final. Essa declaração não tem força de lei, mas servirá como um norte para as discussões entre os governantes do G20 e tem como principal foco o combate à desigualdade com desenvolvimento sustentável. O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, não participou da sessão de encerramento, em razão do falecimento de seu pai, Helio Cota Pacheco, na madrugada desta sexta-feira, em Belo Horizonte. O presidente da Câmara, Arthur Lira, fez um discurso agradecendo o espírito construtivo de todos os envolvidos, mesmo em relação a temas mais complexos:
(Arthur Lira - presidente da Câmara dos Deputados BR) "Como representantes dos seus povos, os parlamentos devem aumentar sua mobilização em torno de acordos internacionais direcionados à paz.
A vice-presidente do Parlamento sul-africano, Annelie Lotriet, recebeu simbolicamente a presidência do P20, já que a África do Sul é o país que vai sediar o G20 em 2025, que acontece pela primeira vez no continente africano e tem como tema "Promover a solidariedade, a igualdade e o desenvolvimento sustentável":
A DECLARAÇÃO CONJUNTA DOS PRESIDENTES DOS PARLAMENTOS DO G20 ESTABELECE COMPROMISSOS NO COMBATE À FOME E À POBREZA, NA MITIGAÇÃO DAS MUDANÇAS CLIMÁTICAS E NA REFORMA DOS ORGANISMOS INTERNACIONAIS. A REPÓRTER HÉRICA CHRISTIAN TRAZ OS DETALHES DAS INICIATIVAS PREVISTAS NO DOCUMENTO.
A Declaração Conjunta dos presidentes e vice-presidentes dos Parlamentos do P20 elenca compromissos nos três eixos discutidos na 10ª Cúpula. No quesito desigualdade social, se comprometeram com o combate à fome e aos desperdícios e com ajuda humanitária. Se manifestaram contra o trabalho precário e qualquer tipo de discriminação contra mulheres e meninas. No eixo desenvolvimento sustentável, os presidentes do P20 reforçaram o limite do aumento da temperatura em 1,5º Celsius e decidiram que as nações mais ricas deverão bancar fundos sobre mudanças climáticas e de transição energética. O senador Rogério Carvalho, do PT de Sergipe, declarou que o Brasil já implementou boa parte desses compromissos.
Dentre os países dentre os países do G20,o Brasil é uma referência na erradicação da fome e da pobrezanas questões climáticas, o Brasil também está na vanguarda. Mais de 90% da nossa matriz energética já é limpa.
No eixo equidade e governança global, os chefes do P20 defenderam reformas nos organismos internacionais, como o Conselho de Segurança das Nações Unidas, e o respeito ao direito internacional humanitário nas guerras. Nas considerações finais, destacaram, no entanto, que nem todas as sugestões contam com o apoio de todos ou serão implementadas por todos os parlamentos. Ao final, a Argentina decidiu se desvincular do documento.
ANTES DO ENCERRAMENTO, PARLAMENTARES DE PAÍSES DO G20 SE REUNIRAM PARA DEBATER A NOVA GOVERNANÇA GLOBAL. ELES PEDIRAM A REFORMA DO CONSELHO DE SEGURANÇA DA ONU; MAIOR PROTAGONISMO PARA ORGANISMOS MULTILATERAIS; APOIO PARA A AGENDA AMBIENTAL E A AMPLIAÇÃO DA PARTICIPAÇÃO FEMININA NAS INSTÂNCIAS DECISÓRIAS. REPÓRTER BRUNO LOURENÇO
Membros do Parlamento Europeu, da Turquia, de Singapura, da África do Sul, Índia e do Brasil disseram que 5 países não podem representar o mundo. Celmira Sacramento, presidente do Parlamento de São Tomé e Príncipe pediu mais pluralidade.
(Celmira Sacramento - presidente do Parlamento de São Tomé e Príncipe) "O mundo em que vivemos não é homogéneo e devemos escolher as vozes dos países emergentes e em desenvolvimento nas nossas mesas de decisão, afinal, o regime Internacional verdadeiramente eficaz é aquele que representa a diversidade de experiências e necessidades de todos os seus membros."
Parlamentares da China, Rússia, Itália, Indonésia, do Reino Unido, dos Emirados Árabes Unidos e de Portugal também falaram em aumento da diversidade e da cooperação internacional. Lucia Maria Dos Passos, vice-presidente do Parlamento Pan-Africano saudou iniciativas como o Acordo de paris, a Agenda 2030 e a Organização Mundial do Comércio. Blanca Margarita Ovelar de Duarte, presidente do ParlAmericas destacou ainda que a inteligência artificial tem que ser vista como ferramenta de desenvolvimento. Javier Maroto Aranzábal, vice-presidente da Câmara Alta do Parlamento da Espanha alertou que gigantes da tecnologia não pagariam impostos porque suas riquezas são medidas em gigabytes de informação.
OUTRO TEMA AMPLAMENTE DEBATIDO DURANTE REUNIÃO DA DÉCIMA CÚPULA DOS PARLAMENTOS DO G20, FOI A CONCENTRAÇÃO DE RENDA E OS CONFLITOS ARMADOS COMO OBSTÁCULOS À SEGURANÇA ALIMENTAR GLOBAL. PARA O PRESIDENTE DO SENADO BRASILEIRO, O PAPEL DOS PARLAMENTOS É FUNDAMENTAL NA PROMOÇÃO DA JUSTIÇA SOCIAL. REPÓRTER PEDRO PINCER:
Os parlamentares do G20 apontaram dois fatores que inviabilizam as políticas públicas de combate à insegurança alimentar: as políticas inadequadas de distribuição de renda e o agravamento de conflitos geopolíticos. Eles participaram da primeira sessão de trabalho do P20 com o tema “A contribuição dos Parlamentos no combate à fome, à pobreza e à desigualdade”. Para o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, diante desse cenário alarmante, o papel dos Parlamentos é essencial para desenvolver soluções e promover a justiça social e econômica:
(Rodrigo Pacheco - presidente do Senado BR) "O compromisso e a cooperação entre nações são fundamentais para construir um futuro sem fome, sem pobreza e sem desigualdades sociais extremas, com marcos jurídicos que efetivamente enfrentem esses desafios."
A presidente do Parlamento do Mercosul, Fabiana Martín, informou que 670 milhões de pessoas seguirão enfrentando a crise alimentar na próxima década, se não forem tomadas medidas efetivas, conforme dados da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação, a FAO. Ela reforçou o papel do parlamento em conter o impacto devastador de políticas inadequadas: (Fabiana Martín - presidente do Parlamento do Mercosul) "É urgente entender que a fome e a segurança alimentar não são consequência de fatores externos, mas são o reflexo de decisões políticas. A má distribuição e a desigualdade perpetuam a miséria e a fome."O parlamentar da China, Xiunxin Deng, criticou a atual polarização política que, na sua opinião, contribui para a instabilidade no preço dos alimentos e aumento da desigualdade. Já o presidente da Câmara Baixa do Parlamento do Reino Unido, Lindsay Hoyle, citou as guerras da Ucrânia e de Gaza como fatores de aumento da fome e miséria.
COM TRABALHOS TÉCNICOS DE _ERICK BENTO___, O JORNAL DO SENADO FICA POR AQUI. ACOMPANHE, AGORA, AS NOTÍCIAS DO TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO E DA CÂMARA DOS DEPUTADOS. BOA NOITE E UM BOM FIM DE SEMANA. //