Senado começa a discutir proposta de incentivo à doação de sangue e medula óssea — Rádio Senado
Saúde

Senado começa a discutir proposta de incentivo à doação de sangue e medula óssea

O Senado iniciou a discussão de uma proposta que busca incentivar a doação de sangue e medula óssea (PL 1855/2020), concedendo a quem doar o direito a atendimento prioritário nos bancos, órgãos e serviços públicos, como já acontece com idosos, pessoas com deficiência, gestantes, lactantes e pessoas com crianças de colo. Diante de questionamentos sobre a abertura de margem para possíveis excessos, os senadores decidiram adiar a votação.

11/03/2021, 20h28 - ATUALIZADO EM 11/03/2021, 20h28
Duração de áudio: 02:10
rondonia.ro.gov.br

Transcrição
LOC: O SENADO INICIOU A DISCUSSÃO DE UMA PROPOSTA QUE BUSCA INCENTIVAR A DOAÇÃO DE SANGUE E MEDULA ÓSSEA. LOC: DIANTE DE QUESTIONAMENTOS SOBRE A PRIORIDADE EM FILAS DE ATENDIMENTO, SENADORES DECIDIRAM ADIAR A VOTAÇÃO. REPÓRTER ROBERTO FRAGOSO. TÉC: O projeto inclui quem doar sangue e medula óssea entre as pessoas que têm direito a atendimento prioritário nos bancos, órgãos e serviços públicos, como já acontece com idosos, pessoas com deficiência, gestantes, lactantes e pessoas com crianças de colo. O autor, Irajá, do PSD do Tocantins, lembra que durante a pandemia, as pessoas deixaram de doar por medo de contrair o coronavírus. (Irajá) O Brasil antes da pandemia tinha apenas 1,6% da sua população com o costume de doar sangue, e a OMS, que é a nossa Organização Mundial da Saúde, recomenda que um país tem que ter 3% de doadores. Agora, neste momento da pandemia, que é um momento crítico, segundo dados do Ministério da Saúde, houve a redução na ordem de 60% dos estoques de doação de sangue. (Repórter) O governo questionou a inclusão dos doadores de medula, pois nesse caso, como se trata de um transplante, existe uma proibição de receber qualquer benefício em troca do material. A senadora Soraya Thronicke, do PSL de Mato Grosso do Sul, alertou ainda que a proposta poderia abrir margem para excessos e prejudicar aqueles que têm prioridade porque realmente precisam. (Soraya Thronicke) Muita gente iria ter a consideração e nem iria se utilizar desse – entre aspas – "benefício", porque é para equiparar uma situação de vulnerabilidade. Na verdade, quem é doador entra no lado saudável, pode ficar mais tempo em pé. Então, tem gente que vai poder abusar desse "privilégio" – entre aspas –, porque tem gente de má-fé, tem muita gente de má-fé. (Repórter) O relator, Omar Aziz, do PSD do Amazonas, concordou com o aprofundamento do debate, e defendeu que o propósito é criar uma cultura de doação no País. (Omar Aziz) Essa questão de fila é uma questão que não é lei, mas uma questão de educação, que vem de berço. Eu aprendi, quando era cedo, ainda novo, que a gente tinha que respeitar os mais velhos, gestantes, uma mulher com uma criança no colo. Eu não tenho dúvida alguma de que um jovem de 30 anos que é doador de sangue ou de medula óssea, se houver uma senhora gestante na fila, ele não vai querer passar na frente dela. Eu não creio que isso vá acontecer. (Repórter) O projeto inclui ainda entre as pessoas com prioridade as que têm dificuldade de locomoção, além de prever que o atendimento prioritário seja feito em guichês específicos, que devem corresponder a pelo menos 40% do total. Da Rádio Senado, Roberto Fragoso.

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