Concurso do Senado 2022 — Rádio Senado
Senado e Você

Concurso do Senado 2022

O podcast “Senado e Você”, em sua edição de setembro, traz um bate-papo com o presidente da Comissão do Concurso do Senado 2022, Evandro Baldutti, e com a diretora geral da Casa, Ilana Trombka. O número de convocados foi um dos destaques da entrevista. Além das 22 vagas, o Senado pode chegar a chamar mais 208 aprovados, somente em 2023.

Após 10 anos sem realizar concurso público, em agosto, o Senado Federal divulgou editais para o preenchimento de vagas em vários cargos, como analista legislativo, advogado, consultor e policial legislativo. Inicialmente, 22 vagas terão preenchimento imediato, mas a diretora-geral do Senado, Ilana Trombka nos conta que esse número pode aumentar ainda em 2023. Isso porque a instituição propôs na Lei Orçamentária Anual o preenchimento de 230 vagas no total, ou seja, outras 208 vagas podem ser ocupadas por aprovados do concurso, além das 22 já previstas. E não pára por aqui.

Ilana pontua que o concurso vale por 2 anos, prorrogáveis por mais 2, e que anualmente o Senado fará uma nova proposta para convocar aprovados no concurso. A diretora-geral lembra, no entanto, que a Lei Orçamentária Anual de 2023 ainda precisa de aprovação e a LOA têm trâmites legais para sua execução. Anualmente o Congresso precisa aprovar a Lei Orçamentária Anual do ano seguinte.

Outra novidade desse certame é que os candidatos não precisarão vir a Brasília para fazer a prova. Isso porque, a Fundação Getúlio Vargas vai aplicar o exame nas principais capitais do país. Apenas cargos como consultor e advogado, além de taquígrafo, terão de fazer uma segunda prova em Brasília.

Presidente da Comissão de Concursos, Evandro Baldutti explica que a Fundação Getúlio Vargas foi vencedora de um chamamento público e é uma instituição reconhecida por aplicar provas de concursos importantes no país, como da Controladoria-Geral da União e do Tribunal de Contas da União. Ele afirma que nas provas do Senado haverá questões relacionadas a conhecimentos específicos de cada área, além dos conhecimentos gerais.

 

05/09/2022, 10h00 - ATUALIZADO EM 16/06/2023, 17h34
Duração de áudio: 16:45

Transcrição
Transcrição automática do áudio: Senado e você! Olá, eu sou Paula Groba e esse é o Senado e você, que apresenta mensalmente as boas práticas de gestão e ações de responsabilidade social e ambiental promovidas e executadas pela instituição. Hoje o nosso assunto é o concurso do Senado, cujas inscrições estão abertas até o dia 21 de setembro. São 22 vagas imediatas, além da formação de cadastro reserva, dependendo do cargo escolhido. E para falar sobre os detalhes desse certame, eu converso agora com a diretora Geral do Senado, Ilana Trombka e com o coordenador da assessoria técnica, da diretoria Geral, Evandro Baldutti, que também é o presidente da Comissão do Concurso Público do Senado. Obrigada por estarem aqui, bem-vindos ao programa. Bom, esse concurso é um concurso super, as pessoas são super interessadas, né? É um concurso que tem um salário bom e muita gente do Brasil inteiro sempre faz, é um concurso sempre muito disputado, né? Quais são as novidades desse concurso deste ano com relação a vagas e as expectativas que as pessoas podem ter em relação a essa prova que vai ser feita pela Fundação Getúlio Vargas? Boa tarde! Uma novidade do concurso este ano é que as provas serão executadas em todas as capitais do país. Alguns cargos, dependendo da escolha do candidato, tem algumas provas específicas que é em Brasília, mas em regra o candidato vai poder participar de todas as fases em todas as capitais do país e algumas fases até de forma remota. Lembrando que para analista legislativo existe a prova discursiva e objetiva, vai ser na primeira fase e depois tem para advogado e consultor que são outras, são fases diferentes, não é isso? São separadas. A prova de analista legislativo ela correrá em um único dia, no dia 6 de novembro, na parte da tarde, com a prova objetiva e a prova discursiva, exceto da analista de registro da edação parlamentar que posteriormente será que fazer uma prova prática de apanhamento taquigráfico. Já o cargo de consultor e de consultor legislativo e de advogado serão divididos em duas etapas, no dia 6 de novembro na parte da manhã a prova objetiva e no dia 27 de novembro, durante todo dia, período de manhã e tarde, as provas discursivas e além disso, esses candidatos depois são submetidos também a prova de títulos. E temos também o cargo de policial legislativo, que as provas objetiva e discursiva também são no dia 6 de novembro, fase única pela parte da manhã, e terão algumas etapas adicionais, como exames psicotec, testes de antideu física, exames de sanidade física e mental, que esses sim serão realizados em Brasília. Importante frisar que o Evandro falou aqui de analista legislativo, mas várias outras categorias também tem prova única, como analista de administração, outras categorias específicas, como corontador, enfermagem, arquivologia, assistentes social e várias outras que estão no edital. Importante frisar que a maioria das vagas vai ter uma prova única que poderá ser realizada na capital do Estado, na unidade da federação. E algumas especificidades levaram aos cargos de advogado, consultor, taquígrafo e policial a terem outras provas, mas a maioria não vai exigir sequer que a pessoa se desloque do seu Estado. E uma novidade importante, porque muita gente tinha que se deslocar para Brasília para fazer a prova, dessa vez não, vai poder fazer na capital. Outra novidade é a questão das cotas para negros. O concurso está enquadrado agora nessa lei, tanto de cotas para negros quanto para pessoas com deficiência. O Senado vai optar pela escolha do maior número de percentual de vagas, não é isso, Ilana? Isso é uma questão importante, sabe, Paula, porque o Senado milita no sentido de trazer a diversidade, não apenas no seu discurso, mas na sua prática. Nós acreditamos que com as cotas, de 20% as cotas raciais e para pessoas com deficiência, a cota é variável, em alguns casos, inclusive, até mais de 20% dependendo do número de vagas naquela área. Isso vai nos possibilitar trazer a inclusão para dentro, e é isso que nós desejamos. O que o Senado deseja para o Brasil, ele quer ser internamente. Então, ele quer ser uma casa plural, plural em relação às unidades da Federação, que nós possamos dar essa oportunidade igualmente para todos os Estados, assim como todo Estado tem três senadores aqui na nossa casa, e também que nós possamos admitir pessoas dos variados segmentos, que compõem a população brasileira. Eu acho que isso vai ser um ganho ainda maior para o Senado, além da gente acreditar que teremos colegas extremamente bem formados, dispostos e com vocação para o serviço público, nós teremos uma casa mais plural. Essa diversidade é importante, eu queria perguntar para o Evandro também sobre a questão do que vocês pediram para a Fundação Getúlio Vargas, trazer desses novos servidores habilidades específicas, porque o serviço público exige habilidades específicas para trabalhar, e vocês exigiram alguma coisa, pediram, solicitaram algo específico para esse servidor, algo que um ponto específico para trabalhar no Senado? Sim, as provas, tanto objetivas quanto discursivas, são divididas em dois blocos de conhecimentos. O primeiro bloco de conhecimentos, que nós chamamos de conhecimentos gerais, abordarão tópicos relacionados à casa comum tudo, e vai ser comum para todos os carragos, por exemplo, nós teremos prova de analista legislativa para 11 especialidades, essa prova de conhecimento gerais será idêntica para todos, e para cada uma da especialidade terá um conteúdo programático voltado especificamente para a atividade que aquele candidato irá desempenhar quando tomar posse no Senado. Exatamente, para não fugir do que ele vai dar habilidade que ele tem que ter para exercer o cargo aqui. Conhecimentos específicos e especializados na área de atuação. Agora, Ilana, com relação ao cadastro reserva, muita gente está de olho também nas vagas remanescentes, porque o concurso prevê primeiramente 22 vagas, mas é possível que se chame depois. Como é que ficou essa questão no orçamento para poder trazer novos servidores com o cadastro reserva? O Senado propôs na sua previsão orçamentária, na lei orçamentária anual, que ainda não está aprovada, 230 vagas. Desta, 22 são obrigatórias e 208 são facultativas. Claro que quando nós fizemos essa proposta já demonstramos a capacidade orçamentária do Senado para subsidiar essas vagas, então não precisaremos de recursos extras da União, trabalharemos no nosso orçamento, o que facilita muito. Então isso mostra uma intenção do Senado, uma intenção que é uma possibilidade que depende primeiro da aprovação da lei orçamentária anual e depois de todo um trâmite interno durante o ano em que aquele orçamento é aprovado. No ano seguinte, faremos uma nova proposta orçamentária, verificaremos quais são as nossas possibilidades sempre dentro do orçamento que temos, remanejando o nosso próprio orçamento. E assim durante quatro anos, porque o concurso é válido por dois anos mais dois anos. O que eu diria para o candidato? É o que eu tenho falado sempre. Não será aprovado quem não fizer esse concurso. E durante os quatro anos vão se abrindo possibilidades. Não há realmente garantia que todas as pessoas no cadastro reserva sejam chamadas. Mas se você não estiver dentro dele, aí você não tem nenhuma possibilidade. Então é importante que se leve em consideração. Para este primeiro ano, o Senado propôs mais 208 vagas. Proposos? Depende de aprovação. Mas é a intenção do ordem que já está explícita no projeto da Lei Orçamentária anual. Então a tensão você concorrer o que está nos ouvindo, a possibilidade então de chamar novas pessoas ano que vem, além do número de vagas privis. Mas é uma possibilidade. Bom, Evandro, com relação às inscrições, as inscrições vão até o dia 21 de setembro. As pessoas têm que correr aí, faltam poucos dias. E o valor é R$ 55 para técnico legislativo, R$ 73 para analista e R$ 94 para advogado e consultor. E os salários vão de R$ 19.427 a R$ 33.461. Os candidatos vão ter que ter o ensino superior completo em todos os cargos. Antigamente a Polícia Legislativa não precisava ter ensino superior. Houve uma modificação. A exigência de escolaridade não é uma exigência posta no edital. Ela consta do edital como o reflexo dos normativos internos da casa. Então toda a exigência de escolaridade que foi colocada no edital, ela está prevista no regulamento administrativo do Senado. E todos os cargos que estão sendo ofertados nesse concurso, inclusive o de Policial Legislativo, é privativo de pessoas com um nível superior. Alguns em qualquer área de formação e alguns exigem formação específica, mas na verdade é um reflexo do que já é previsto para a investidura nos cargos do Senado. E a FGV que vai fazer essa prova? A FGV já é uma instituição que faz alguns concursos, fez do Tribunal de Contas da União e fez do Senado também em Federal. Então é uma instituição que já conhece um pouco todo o mecanismo. Como é que foi feito essa escolha da instituição? A escolha da instituição foi feita a partir de um processo de contratação. Teve um chamamento público para que empresas interessadas apresentassem o modelo que cada uma desempenha, até mesmo para que a comissão pudesse conhecer o que está sendo tratado no mercado de concursos hoje. A partir disso e ouvindo as demandas internas da casa foi construída um projeto básico. Esse projeto básico foi dado publicidade para que aquelas empresas que se interessassem em organizar o concurso, elas apresentassem proposta ao Senado. A partir desse momento nós recebemos as propostas e dentro daquelas empresas que apresentaram a proposta, a FGV atendeu a todos os requisitos previstos no projeto básico e foi aquela que ofertou o menor preço para o Senado. Então por isso a contratação da FGV. E como você próprio disse, a FGV, esse ano, realizou o concurso do Tribunal de Contas da União, da Contradoria da Geralda União, vai realizar o do Senado e também recentemente, vemos no conhecimento, que ela vai realizar o da Receita Federal também. São concursos de grande porte e nacionalmente conhecidos. Bom, eu queria uma última perguntinha, na verdade, pedido para vocês, mandar em uma mensagem para as pessoas que estão ouvindo e que vão fazer o concurso público sobre como é trabalhar no Senado e por que é importante, é interessante trabalhar aqui. Ilana, se podia falar um pouquinho sobre essa questão? Até porque você tem feito uma série de ações voltadas para melhoria até da qualidade do serviço público, do servidor público e também da nossa oferta para a população. Fala-se um pouquinho sobre o trabalho aqui no Senado. Eu acho que de todas as pessoas, Paula, eu sou a mais suspeita para falar, porque o Senado me deu oportunidades de exercitar muito mais do que o meu mistério profissional. O primeiro Senado me deu oportunidade de descobrir um outro viés profissional, porque eu sou originalmente do concurso da comunicação social e já fazem quase 20 anos que eu fui para a gestão e desenvolvi toda uma habilidade, conhecimento, formação, ingestão pública a partir das oportunidades que o Senado me deu. Depois eu descobri que o Senado é uma grande plataforma para a gente fazer mudanças sociais que a gente acredita, no sentido de construir um país com os valores que nos parecem adequados. E essa plataforma não é a única exclusiva do senador e da senadora a partir de projeto de lei, mas é também possível por meio das ações administrativas, tanto que o Senado é mais do que reconhecido no país todo pela criação de cota para mulheres vítimas de violência. E esse é apenas um exemplo de tudo que a gente vem desenvolvendo. Eu posso dizer que não só financeiramente o Senado me dá o suporte que eu necessito para encaminhar a vida como foi no Senado que eu conheci o meu marido, que também é servidor efetivo de Senado, e que eu me desenvolvi enquanto profissional. Eu não tenho nada mais adequado do que dizer que se eu tivesse que fazer novamente essa escolha de sair do Rio Grande do Sul, de tentar um concurso público em um lugar que eu não conhecia, porque eu nunca tinha vindo a Brasília quando eu vim fazer o meu concurso. Gente, eu estou no Senado há muitos anos, na minha época o concurso não era em todas as unidades da Federação, tinha que vir a Brasília. Eu faria de novo, porque os caminhos, os rumos da minha vida foram se desenhando a partir das oportunidades da decisão de vir para Brasília de trabalhar no Senado. Portanto, eu recomendo altamente. E Evandro, você também tem uma experiência de concurseiro e também de servidor que já há alguns anos, né? E ele também conheceu a esposa dele no Senado. Olha, então, além de trabalho, a gente tem a questão também pessoal aqui, né? Sim. Eu não tenho a experiência que a Ilana tem no Senado, eu sou o Oriundo do último concurso, e vai aí uma experiência para aqueles que ficarem no Cadarres de Reserva. Então, eu sou do último concurso. Na época, eu não fui aprovado dentro das vagas, mas fui chamado dois anos depois, tendo visto que eu estava dentro do Cadarres de Reserva. A época, eu já era servidor efetivo de um outro órgão, ótimo, que era o controle do Orião Geral da União. E ao mesmo tempo em que fui nomeado no Senado, eu fui convocado também para poder sumir o carro de auditor no Tribunal de Contas da União. E a época, eu fiquei num dilema e hoje eu não tenho dúvida que nos fiz a opção correta. Assim como a Ilana, conheci minha esposa aqui no trabalho, é uma casa onde nós temos a oportunidade de aprender diariamente, e tem um excelente ambiente de trabalho e espaço para que você desenvolva suas habilidades, tanto pessoais como profissionais, e o recado que eu deixo para todos os candidatos aí que estudem, se dediquem, que no futuro serão recompensados. Gente, só deixa eu esclarecer, viu? Se você já é casado, pode fazer o concurso também, tá? É coincidência que eu, Evandro, conhecemos nossos companheiros e companheiras de vida no Senado. Não é só para a gente solteira não, se você é casado, pode fazer o concurso também, e não há um programa de namoro no Senado não, viu, gente? Isso é só um upgrade caso alguém tem interesse. Exato. Eu agradeço muito a conversa com vocês hoje, foi ótimo o nosso bate-papo, e você, concurseiro, você que está estudando para o concurso do Senado, não perca essa chance, porque há uma possibilidade de serem chamados muito além do número de vagas que já está prevista no concurso. Bom, a gente fica por aqui. Hoje a gente conversou com a Ilana Trombka, que é diretoria-geral do Senado, e com o Evandro Baldutti, que é coordenador da assessoria técnica da diretoria-geral, e também o presidente da comissão do concurso do Senado. Bom, para saber mais sobre o concurso do Senado, acesse o portal do Senado. Até a próxima, a gente fica por aqui. Senado e você.

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