Programa Jovem Senador — Rádio Senado
Senado e Você

Programa Jovem Senador

JOVEM SENADOR 2022

Após um hiato de 2 anos em razão da pandemia, o programa Jovem Senador é retomado. Os participantes foram selecionados em escolas públicas das 27 unidades da federação por meio de um concurso de redação com o tema “200 anos de Independência: lições da história para a construção do amanhã”.

Em sua edição de junho, o podcast “Senado e Você” entrevista o

coordenador do programa, Antônio Carlos Burity.

 

Instituído em 2010, o Jovem Senador proporciona anualmente aos estudantes de até 19 anos do ensino médio das escolas públicas estaduais e do Distrito Federal, a oportunidade de vivenciar a atuação de um parlamentar em Brasília, e assim conhecer in-loco a estrutura e o funcionamento do Poder Legislativo. Em cada edição, é proposto um tema de redação relacionado a tópicos de civismo, questões sociais e que convidam à reflexão sobre o exercício da cidadania. 

O tema deste ano teve como foco o bicentenário da independência do Brasil. Os autores das 27 melhores redações — um de cada estado e do Distrito Federal - estão reunidos na capital do país para experimentar o processo de discussão e elaboração das leis, como se efetivamente fossem senadores e senadoras da República. Também participam da iniciativa, como convidados, os respectivos professores orientadores desses alunos.

Segundo o coordenador do programa, Antônio Carlos Burity, trata-se de uma experiência capaz de transformar a vida dos participantes: “Muitos deles são de pequenas cidades do interior e que sequer foram à capital do seu estado. O Jovem Senador tem realmente um grande impacto para eles, que são unânimes em dizer que o programa os ajudou a ampliar seus horizontes”.

Nesta edição do podcast “Senado e Você”, Burity expões a emoção de receber novamente os jovens senadores no Senado Federal, após dois anos sem realização do programa. Ele também explica o processo de articulação com escolas e secretarias estaduais de educação, fundamental para que a iniciativa seja executada, e fala sobre a importância de estimular na juventude o interesse pela política.

30/06/2022, 19h14 - ATUALIZADO EM 16/06/2023, 17h30
Duração de áudio: 26:37

Transcrição
Transcrição automática do áudio: Senado e você. Olá, eu sou Celso Cavalcante e este é o Senado e você, que apresenta mensalmente as boas práticas de gestão e ações de responsabilidade social e ambiental promovidas e executadas pela instituição. E nesta edição, nosso tema será o programa "Jovem Senador", iniciativa que proporciona a estudantes de todo o país a possibilidade de conhecer melhor o trabalho do poder legislativo aqui em Brasília. Todos os selecionados são ganhadores de um concurso de redação em seus estados e que neste ano teve como tema "200 anos de independência", lições da história para a construção do amanhã. E quem vai conversar com a gente sobre o programa e a edição deste ano é o coordenador do jovem senador, Antônio Carlos Burity. Olá Burity, muito obrigado por sua participação aqui no Senado e você. Obrigado Celso, antes de mais nada dizer da minha alegria de estar aqui na Rádio Senado, que é a minha casa, né? Eu sou concursado aqui e com muita alegria eu volto aqui aos nossos estudos. Então, o jovem senador é um programa, como você já disse, do Senado Federal. Ele tem como público-alvo estudantes de escolas públicas de ensino médio de todo o Brasil. E como é que ocorre? É um concurso de redação do Senado. Primeiro a escola faz o concurso, escolhe a melhor redação da escola. Depois, a Secretaria de Educação Estadual escolhe as três melhores, enviam aqui para o Senado Federal e o Senado Federal escolhe a melhor. O autor ou autora da melhor redação no estado se torna jovem senador ou jovem senadora. Eles vêm à Brasília, participam da Semana de Vivência Legislativa, em todos os custos pagos pelo Senado Federal. Eles vêm acompanhados dos professores e professores orientadores e participam aqui durante essa semana do exercício do mandato parlamentar para o qual eles forem escolhidos. Então, eles se reunem em três comissões temáticas, comissão Lícia Floresta, Sobral Pinto e Cecília Meireles. Como os nomes dizem, um é de cidadania, outra é de educação e a outra de meio ambiente. E aí, eles discutem projetos, aprovem plenário esses projetos e caso esses projetos sejam acatados pela Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa do Senado, acolham essas propostas, elas passam a tramitar na casa como se fosse de um senador, de uma senadora eleitos pelo povo. Ou seja, efetivamente eles têm possibilidade de contribuir com uma norma legal. É, e eles têm um exercício parlamentar efetivo, tanto que desde a sessão de posse deles até o plenário, todas as sessões são acompanhadas pela Consoria Legislativa do Senado, pela Secretaria-Geral da Mesa do Senado, porque segue todos os ritos legais que são seguidos pelos senadores para poder ter essa validade legal. Buriti, a gente costuma se referir aos veículos de comunicação da casa, como tendo a missão de conectar o legislativo com o cidadão. E eu acredito que um programa como esse conecta muito também a juventude com o legislativo, não é isso? Exatamente, exatamente. A gente está indo para um público que tem dois aspectos. É um grande desafio para os veículos levar o Senado Federal para esse público e por outro lado é muito difícil despertar nesse público o gosto pela política. O gosto pela política não significa só ser político, mas compreender a política. Então, todos os anos, o jovem senador, a gente tem centenas de milhares de renação feitas nas escolas. Quando você leva um tema, esse ano foi do bicentenario por razões óbvies, mas se vê, por exemplo, na edição anterior, o orçamento público. Então, você imagina o que significa centenas de milhares de jovens que têm que pesquisar e discutir um assunto que até para adultos ou pessoas com nível aniversário, até de pós-graduação, são assuntos que no dia a dia elas não se importam. Então, a gente está levando para esse público alvo esses temas que vai despertar neles o interesse de como o acabouço jurídico, legislativo e jurídico é elaborado. Entendi. O que representa, Buriti, você que tem contato direto com esses estudantes, o que representa na vida deles? Muitos desses jovens vêm de cidades pequenas do interior do país. O que representa para o crescimento pessoal deles participar de um programa como Jovem Senador? Céucio, já que estamos no podcast e é informal, agora é um entrevistado que vai perguntar ao entrevistador. Vamos lá. Eu vou falar alguns nomes e eu quero que você me diga o que esses nomes lhe passam, o que eles lhes remetem. Feliz exerto, maravilha, cachoeirinha, florensa, céucio. Essas são algumas das cidades que enviaram jovens senadores para cá. Você viu que fiquei calado aqui? Era muito misturado. Eu nem deixei você pensar muito que eu tinha certeza que você não ia acertar como eu não acertaria. Eu gosto de falar isso porque são pequenas cidades, todas essas cidades têm menos de 20 mil habitantes e dessas cidades, esclarecendo até para os nossos ouvintes, eu só citei alguns exemplos, mas feliz exerto é uma pequena cidade de Alagoas, Florensa é uma pequena cidade do Rio Grande do Norte, eu não sei se eu falei maravilha, é do Espírito Santo. Fala maravilha. Eu falei maravilha, cachoeirinha você falei é do Rio Grande do Sul. Então, imagino que é para um jovem dessas cidades, jovens de escolas públicas, muitos deles têm entre 14 e 17 anos, muitos deles nunca foram sequer a capital do seu estado e vem a Brasília de avião e senta numa cadeira de senador. Isso eu considero de um impacto social para a vida desses jovens sem nenhum demérito ao das capitais, que tem todos os méritos ou cidades grandes. Eu gosto de citar as pequenas porque é um perfil típico do programa Jovem Senador, é aquele jovem que está numa cidade pequena e procurando expandir o seu universo. Então, eu acho que o sentido do jovem senador, a capilaridade, ele tem um grande impacto e ele se revela nesses exemplos. Eu já fui perguntado, uma vez numa entrevista, a que que eu atribuía esse perfil, que ele é recorrente. Sempre as capitais são as minorias. Olha só. E eu costumo dizer porque o aluno de cidade grande, mesmo com todas as dificuldades enfrentando o de escolas públicas, eles são distraídos, entre aspas, por outras alternativas de vida. E para esses jovens, muitas vezes, o jovem senador é a única alternativa que se apresenta para que eles ampliem suas expectativas de futuro para além da realidade que eles vivem no dia a dia. Ou seja, foco máximo daquilo, determinação. E determinação. Então, eles se destacam. Aliás, Celso, a gente nunca fala "eis, jovem senador ou eis, jovem senador". É como que um cargo vitalício, isso foi um pedido deles. Então, eu diria que nossos jovens senadores e senadoras de edições atteriores, eles mudaram totalmente a vida por caminhos diferentes. Mas o nânime, o vi deles, o seguinte, o programa "Jovem Senador" ampliou os meus horizontes. Eu passei a ver que eu tenho outras possibilidades. Então, assim, temos parlamentares que já foram vereadores lá no Rio Grande do Norte. E agora a gente tem uma vereadora na Aero Oliveira, lá em Rondônia, da cidade de Buritis. Olha que cidade não bonita, hein? De Buritis, lá no Rio Grande do Norte tivemos o Netinho, que foi vereador lá. E não é só na carreira política. A gente teve jovens senadores em Hava porque as universidades americanas, elas pontuam o jovem senador na seleção. Que coisa boa, gente. Não apenas o jovem senador, mas esse tipo de iniciativa de educação para a cidadania. Então, a gente tem, em vários colleges, a gente lembra de Hava. Agora a mesma de Brasília foi selecionada, a da última edição para um college. Eu confesso que eu não lembro o nome, são muitos, mas assim, é recorrente. Ou seja, não é só a carreira política. Não é só a carreira política. Partem para carreira acadêmica e outras. E quando não tem uma carreira política, hoje a gente acompanha as redes sociais, eles nos acompanham, acompanham as nossas redes sociais, é visível que um jovem senador, uma jovem senadora de edições anteriores, eles têm militância política, né? Na cidade deles, na cada um, evidentemente, pela sua preferência ideológica ou artidária. E é muito plural isso, em todos os campos políticos a gente tem. Então, eu resumiria aqui duas frases que eu sempre ouço deles. Quando eles chegam aqui no primeiro dia, que eles fazem o primeiro discurso de posse, quase todos, acho que os que não falem é porque esquecem de falar na hora. Mas quase todos usam a frase. Eu achava que eu não chegaria aqui. Eu quis desistir. Que coisa, gente. Eu jamais imaginaria que eu seria selecionado. Jamais imaginaria. Essa é uma frase recorrente do primeiro dia. Depois que eles caminham por caminhos diferentes, né? Eles dizem assim, minha vida mudou por causa do jovem senador. Então, assim, são duas afirmações recorrentes. Buriti, eu acredito também que haja uma mudança também para a cidade. Quando eles retornam, como você disse, muitos passam a trabalhar mais politicamente na própria sociedade em que eles estão inseridos, né? Eu diria, Céucio, que no caso das pequenas cidades, eles viram personalidades. A gente teve, não me exige, não me gente, eu sou um, quase um senhor de idade. Eu comece a esquecer as coisas. Mas eu não lembro qual a jovem senadora, mas na edição de 2019, ela foi recebida na cidade pelo corpo de bombeiros. Olha que coisa bacana. Entendeu? Ela circulou toda a cidade, a cidade toda foi ver a jovem senadora. E assim, muitos deles são homenageados pelo poder legislativo, tanto municipal como estadual. Entendeu? Eles viram personalidades na cidade. E isso, acho que, não é uma questão de vaidade, é uma questão de reconhecimento a uma vitória daquela cidade. Entendi. Buriti, você citou aí o reconhecimento do poder público, municipal e estadual. Como é que é essa interlocução do Senado com as secretarias de educação dos estados, as escolas, a participação dos professores também, que eu acredito que seja muito necessário esse diálogo para fazer o sucesso do programa, não é? Claro, claro. Celso, o que que acontece? O nosso ponto de contato no Estado, nós temos convênios com as secretarias estaduais de educação. Porque, como já falei aqui, tudo começa no concurso de redação do Senado Federal. Então, na operacionalização do concurso nacional de redação, a gente tem as secretarias de educação e suas regionais de ensino, levando o concurso para as escolas. Na escola, o nosso grande protagonista é o professor e a professora. São os nossos parceiros, por isso que o Senado os convida para acompanhar o Jovem Senador e Senador. Ou seja, eles estão essa semana também em Brasil. Eles estão aqui também, incluindo a premiação, porque todo o Jovem Senador e Senador, eles ganham um notebook do Senado Federal como premiação. É uma iniciativa para o Senado colaborar na inclusão digital desse jogo. Claro. Nós também damos um notebook para o professor. Que muitas vezes não tem, né? Quase em todos os casos não tem. Então, esses notebooks são comprados pelo Senado Federal e a gente dá esses professores. Falando especificamente dos professores, eles são os nossos grandes aliados. Porque quem leva o concurso de redação para a sala de aula é o professor. É a professora e a cada ano a gente vai aprimorando o programa. Então, acho que duas ou três edições, que era só para o professor de língua portuguesa, porque a nossa redação ajuda muito eles na preparação do ENEM, que a gente adota o modelo do ENEM, que é dissertativo argumentativo. Então, os professores fazem um treinamento em sala de aula com eles, com o tema, e depois aplica a redação. E aí, escolhia melhor, o que eu já falei, daquela turma e depois do da escola. Então, esses professores, que muitos enfrentam dificuldades, que a gente às vezes fala o coletivo de escolas públicas, da rede estadual de ensino. Por isso que a cooperação é com a secretaria. Temos escolas públicas e escolas públicas. Tem aquelas de grande porte, de ensino integral, etc. Mas também tem aquela escola pública pequenininha, com redução de professores. Então, esse professor é o nosso herói. Aí, o que que nós fizemos? Nós criamos o modelo multidisciplinar. Então, não é só hoje o professor de língua portuguesa. Hoje, qualquer professor do ensino médio pode aplicar. É normalmente a língua portuguesa, a sociologia, a língua inglesa, que quem trabalha nessas áreas de conhecimento. Mas, para citar um bom exemplo, esse ano, a Domingas, que é a jovencianadora do Pará, ela foi orientada pela professora de educação física. Olha só. Porque a professora viu nela o potencial, fez o treinamento, entendeu? Ela concorreu, foi escolhida da escola e ela ganhou no estado. Já é um case, né? É um case, é um case, né? E não é por coincidência, porque aquela escola enfrenta dificuldades. A gente tem um desafio, Celso, que eu quero aproveitar a oportunidade para falar sobre esses casos. A gente sempre tentou que o jovem senador entrasse na grade curricular permanente. Por quê? Porque quando o programa "Jovem Senador" não está na grade curricular, ela é uma atividade extra para o professor. E eu lembro que uma vez eu convencei com uma professora, ela que deu a SDR, que ela disse a seu brote, eu tenho 15 turmas. Então, quando eu vi falar no jovem senador, primeira vez, eu queria muito, mas eu não tinha condições de ter essa atividade extra com os alunos. Quando é da grade curricular, fica muito mais fácil. Deixa eu dizer, esse é... Alguns estados, adotaram, e nesses estados, geralmente, o jovem senador se destaca. Geralmente, ele tem as melhores reedações, por quê? Porque eles estão já dentro de uma atividade pedagógica. E a gente vai mudar nossa estratégia esse ano, por quê? Porque estamos com um novo ensino médio. E o ensino médio tem uma área do conhecimento que é educação para a cidadania. O estado de Sergipe, a coordenadora anágio do estado de Sergipe, ela já adotou, conseguiu colocar nessa área do conhecimento o programa "Jovem Senador". E a gente está pegando esse projeto de Sergipe, a gente vai aproveitar a vinda desses professores, e nós vamos apresentar para esses professores essa ideia de Sergipe. E depois a gente vai levar isso aos coordenadores, porque a gente está querendo inserir o jovem senador no novo ensino médio dentro dessa área de conhecimento. Então isso facilita muito. Nós não queremos que o programa "Jovem Senador" seja um ônus para o professor, mas que seja um bônus no sentido do aprimeuramento da atividade dele. E eu acho que com um novo ensino médio isso vai ficar muito mais fácil. Excelente, Buriti. Estamos conversando com Antônio Carlos Buriti, coordenador do programa "Jovem Senador". Buriti, eu queria que você falasse da emoção de retomada desse programa agora em 2022, depois de dois anos por conta da pandemia. Antes de responder ao objetivamente, porque eu não conheço muitos anos, sabe que eu nunca respondo nada objetivamente. É mania de professor, que eu fui professor 15 anos. O "Jovem Senador" é por emoção, inclusive para a equipe. No último dia que eles faziam o discurso de despedida, todo mundo chora, inclusive eu. Mas eu não sou bom o exemplo que eu sou emotiva, sou chorão nato. Mas quando eles trazem essa experiência deles, que a gente vê que aquele jovem é diferente do que chegou no primeiro dia, aquele jovem, aquela jovem, realmente é um programa que nos causa muita emoção. E fizemos a edição de 2019 e veio a pandemia. O que é que ocorre? O "Jovem Senador", para que eles tenham uma semana de vivência legislativa aqui, a gente tem pelo menos um ano de planejamento. Porque a gente precisa mobilizar as escolas, a gente precisa escolher o tema, a gente precisa sensibilizar as secretarias. Depois que eles são anunciados e escolhidos, vem toda uma logística. Somos um ente público, tudo nosso, evidentemente, tem concorrência pública. E aí a gente tem hospedagem, tem hotel, tem alimentação. Tem toda uma produção, né? Tem uma produção logística que a gente precisa para deflagrar esse processo, que em um período de pelo menos dois meses a gente já tenha o nome dos jovens senadores. Então imagina, a gente precisa de um grande período para que as escolas apliquem as redações. Quando eles são anunciados, a gente precisa de um bom período para providenciar essa logística, porque já vamos ter o nome dos jovens senadores, das jovens senadoras, dos professores e professores orientadores, para a gente entrar nesse processo burocrático, importante e transparente, de emissão de passagem, de reserva de hotel, etc. Então o nosso planejamento é um planejamento anual. Quando veio o primeiro ano de pandemia, evidentemente, suspendemos o programa. Não havia como? Até porque, vamos lembrar, as escolas fecharam. É verdade. Então a gente não tinha como ter o concurso de redação antes que as escolas fechassem. Então nós partimos para um planejamento para cem 2021, a distância. E fizemos todo um planejamento, levamos meses e depois vimos que ele não seria justo. Porque como eu falei anteriormente, existem escolas públicas e escolas públicas, e não é um demérito para as menores. Eu estou falando de dificuldades. Então assim, o ensino à distância de uma escola particular, há milenios de distância de uma escola pública, o ensino à distância. A gente tem inclusão de digital, a gente tem famílias de baixa renda, que um único celular serve a toda a família, o pacote de dados é pequeno. Então a gente começou a perceber, em alguns estados, que as tarefas eram levadas em casa e às vezes até de barco. Então a gente começou a perceber que se a gente fizesse uma seleção e uma edição à distância, nós estaríamos aprofundando essa exclusão digital. Isso não é papel de senado, muito pelo contrário. O nosso papel é a inclusão. Então nós partimos para o seguinte. Nós só vamos fazer um, quando os alunos estiverem em sala de aula. Dois, quando ela pudesse ser presencial. Porque a distância, primeiro que ela não substitui a vivência aqui, nunca devia haver uma senile, etc. E outra que é a distância com que jovem eu estou falando, com que pacote de dados, com que tipo de celular. Imagine ele estar lá discutindo o projeto de lei dele, aí não funciona a rede, etc. Então a direção da casa tomou a decisão muito acertada de fazer só a presencial. E aí então começamos a planejar o ano passado apostando na vacinação dos adolescentes e porque as escolas voltaram. Quando estávamos já chegando na semana presencial, com todos os jovens e estudantes, jovens senadores e senadores e seus professores escolhidos, nós tivemos infelizmente essa quarta onda da Covid. Pegou todo mundo inclusive. Pegou todo mundo de surpresa inclusive. O crescimento é muito grande. E o Distrito Federal se destacou nisso. Aqui em Brasília realmente houve uma contaminação grande. Por segurança dos estudantes, desde o transporte do aeroporto, hospedais, vinha a voltar, é uma atividade em grupo. Então é uma atividade de aglomeração. Nós então tomamos as medidas sanitárias. Se houve alguma coisa que toda essa traje aí de atroz, foram as facilidades tecnológicas que a gente fez, muitas reuniões com eles à distância. E aí nós recomendamos 15 dias antes, uso permanente de máscara, por eles no estado e em sua cidade, eles e as professoras, todos aderiram a isso, que a vontade de vir à Brasília era muito grande. E um dia antes da viagem, nós fizemos testagem deles no estado, para que a gente tivesse a certeza que eles viriam a Brasília, todos sem, com vírus para que a gente não tivesse uma contaminação no grupo. O senado dá diariamente um kit de máscara e de álcool gel, eles estão usando o tempo todo, tira só para uma fotografia ou outra, vocês vão ver fotos de jovens senadores sem máscara, porque na hora da foto tirou e colocou. Só naquele momento. E em atividades externas, abertas, coisas e tal. E para terminar, e a emoção de receber esses jovens aqui, depois desses dois anos, e dá prosseguimento a esse programa tão bonito, Buriti? Caramba, assim, a gente estava tão ansioso de fazer essa edição, que a gente queria recebê-los em grande estilo. E todo ano a gente vai aprimeurando o programa, e pensamos e tivemos uma ideia, que na chegada deles, na primeira chegada, eles entrassem pela rampa com tapete vermelho, cada um com a bandeira de seu estado. Para quem não conhece, essa é uma deferência, que só é feito um ao presidente da República, que vem ao Congresso para tomar posse, ou na abertura dos trabalhos legislativos. Então ele entra lá e sobe a rampa no tapete vermelho. E a chefes de governos ou de estado, ou seja, reis, primeiros ministros e presidentes. E os jovens senadores tiveram essa oportunidade, eu diria que foi uma emoção muito grande. Foi uma emoção muito grande, tanto para a equipe, tanto para os diretores que os receberam lá. Eles tiveram uma sessão de diplomação no Salão Nobre do Senado, e depois a posse. Então desde o primeiro dia, eles têm se emocionado e causado muita emoção na equipe, e nos diretores e nos servidores. Mas a grande emoção provavelmente é no último dia na votação, porque esse dia é sempre previsível. Para citar um exemplo da edição de 2019, eles estavam discussando para se despedir em uma determinada jovem senadora de um estado. Quando foi a Graticei, eu quero especialmente agradecer a minha professora orientadora que está aqui presente, porque ela teve um câncer e ela me orientava entre uma sessão de quimioterapia e outra. E hoje ela está aqui saudável, participando aqui, e aí a professora se levantou. E a emoção. Aí todo mundo chorou, não apenas o buritica, um chorão nato, imaginando essa cena de uma professora entre uma sessão de quimioterapia e outra, orientando uma jovem senadora e depois vencerem e estarem aqui. E você vê a professora saudável vencer essa dificuldade de saúde e teve um final feliz. E ninguém esperava por isso. Então quando termina o jovem senador, a expressão de discursos finais é sempre uma surpresa. Mas uma coisa certa, muita emoção em muita lado. Pois é, emoção que você ouvinte que não está vendo aqui, pessoalmente, eu estou enxergando nos olhos do Buriti, aqui em Mejantes, uma emoção que contagia todos nós aqui também do estúdio da Rádio Senado. A gente conversou com Antônio Carlos Buriti, que é coordenador do programa "Jovem Senador Buriti". Parabéns pela edição 2022 do jovem senador. Muito mais sucesso ainda pela frente e obrigado por sua participação aqui no Senado de você. Céu, eu sou obrigado a você e obrigado aos ouvintes. É sempre uma felicidade compartilhar com o maior número de pessoas possível esse programa. Convida a todos os estudantes de Sino-Médio e professores de escolas públicas de todo o Brasil que nos ouviram a participar da edição do ano que vem. Muitos jovens disseram "não, isso não é para mim". E eu quero deixar essa mensagem final. É para você. É possível você ser jovem senador, jovem senadora. É possível você ser um professor, uma professora orientadores do jovem senador. Muito obrigado Céu, por oportunidade. É uma honra participar desse programa. É muito importante divulgar sempre esse programa. Estou sempre à disposição, até porque eu arraio o Senado, como eu já disse como servidor concursado. É minha casa, né? Fiz concurso para arraio o Senado e é sempre uma alegria estar aqui. Obrigado a você e aos ouvintes. A gente que agradece, poritivo, você é sempre muito bem-vindo aqui na Rádio Senado e esta edição em clima de emoção aqui com o jovem senador, esta edição do Senado e você fica por aqui. A você que nos ouve, muito obrigado pela audiência. E até a próxima. Senado e você [Música]

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