Relator pede rejeição do plantio da maconha, em nome do impacto na saúde pública — Rádio Senado
Salão Nobre

Relator pede rejeição do plantio da maconha, em nome do impacto na saúde pública

Em três dias, a proposta de se liberar o plantio da maconha para uso próprio recebeu o apoio de 28 mil pessoas no portal E-Cidadania e virou a sugestão de projeto de lei nº 25/2017, em análise na Comissão de Direitos Humanos. Hoje, já alcançou mais de 120 mil votos a favor e 14 mil contra. Porém, o relator, sen. Sérgio Petecão (PSD-AC), acredita que o país não está preparado para liberar a maconha. “Ouvi igrejas, viciados, centro de recuperação e pessoas que defendem. Acho que tomei a decisão correta”, explica.

Em entrevista ao programa Salão Nobre, Petecão diz ser contra a liberação de todas as drogas: “isso tem um custo, destrói famílias. Imagina o dano que vai custar à saúde do país?”. Outro argumento usado pelo senador é o de que o Brasil é um país continental, o que torna o controle do plantio muito mais difícil do que em países que já liberaram a maconha como Uruguai e Holanda.

Essa é a segunda sugestão popular que o Senado recebe para liberar a maconha para uso próprio. A primeira foi em 2014 e os senadores decidiram criar uma subcomissão para continuar discutindo o assunto, mas o debate não foi adiante. Petecão admite que é um debate polêmico e difícil de ser feito no Congresso, mas “tem que encarar”. Ele acredita que a SUG 25/2017 será rejeitada e arquivada e, se isso acontecer, na visão do senador, seria um indicativo para o Supremo Tribunal Federal de que o Parlamento não concorda com a legalização da maconha, em análise no STF, por meio do Recurso Extraordinário 635659, no qual três ministros já votaram a favor.

27/11/2017, 09h00 - ATUALIZADO EM 28/11/2017, 12h55
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