A discussão é se fica ou não com ministérios, diz líder do Bloco Social Democrata

O senador Eduardo Amorim (PSDB-SE), líder do Bloco Social Democrata, minimizou a discussão dentro do PSDB sobre se o partido deve ou não fazer parte do governo. “O objetivo tem que ser ajudar o nosso país, independente de ter ministério, a gente tem que ter um olhar sobretudo pro futuro do nosso país. O momento é difícil”, afirmou ao Salão Nobre. Ele acredita que depois que o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso se manifestou a favor da saída, essa é a tendência mais provável.

Entre as reformas prioritárias, Amorim considera a tributária a mais urgente: “quem ganha até dois, três salários, contribui com 48, 49% de tudo que produz. Se ele trabalha oito horas, quatro ele entrega ao poder público”. Ele defende que é preciso começar a fazê-la já neste governo, para terminar no próximo, admitindo que não se trata de uma tarefa fácil para o último ano de mandato. O objetivo, segundo o senador, deve ser reduzir o número de tributos – hoje, são 94 – e simplificar o sistema.

Médico e ex-secretário de Saúde de Sergipe, Amorim também falou sobre as ações movidas pelos governos estaduais no Supremo Tribunal Federal, que questionam se devem fornecer medicamentos para doenças raras, os quais não fazem parte da lista do SUS.