Projeto garante exames em até 30 dias em caso de suspeita de câncer de mama
Comissão Permanente Mista de Combate à Violência Contra a Mulher realizou audiência pública para tratar do PLC 143/2018, que garante a pacientes do SUS com suspeita de câncer, o acesso aos exames necessários para o diagnóstico no prazo máximo de 30 dias. Parlamentares e convidados defenderam a importância do projeto para o diagnóstico precoce, que é a principal ferramenta para um tratamento eficaz. As informações são da repórter Lara Kinue, da Rádio Senado.
Transcrição
LOC: PARLAMENTARES DA COMISSÃO PERMANENTE MISTA DE COMBATE À VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER DEBATERAM EM AUDIÊNCIA PÚBLICA O PROJETO DA DEPUTADA CARMEN ZANOTTO, DO CIDADANIA DE SANTA CATARINA.
LOC: A MATÉRIA DETERMINA QUE, NOS CASOS EM QUE A PRINCIPAL HIPÓTESE DE DIAGNÓSTICO SEJA DE TUMOR MALIGNO, OS EXAMES NECESSÁRIOS PARA A ELUCIDAÇÃO SEJAM FEITOS NO PRAZO MÁXIMO DE 30 DIAS. A REPORTAGEM É DE LARA KINUE.
TÉC: O Projeto de Lei da Câmara 143, de 2018, de autoria da deputada Carmen Zanotto, do Cidadania de Santa Catarina, muda a lei que dispõe sobre o tratamento de câncer no SUS. A ideia é assegurar a realização em até 30 dias de todos os exames para que seja fechado o diagnóstico, quando o tumor maligno for a principal suspeita dos médicos. A senadora Zenaide Maia, do Pros do Rio Grande do Norte, que é médica, ressaltou a importância do diagnóstico precoce para um tratamento eficaz.
(Zenaide Maia) O diagnóstico precoce de câncer, porque na verdade o câncer – por exemplo eu tô falando aqui do de mama, mas isso é para todas as neoplasias – se você fizer o exame anatomopatológico e citológico todo ano, a possibilidade de ter câncer é mínima. Então o diagnóstico precoce chama vida, porque é vida que se tá defendendo.
(REP) Autora do Projeto, a deputada Carmen Zanotto defendeu que a aprovação da matéria diminuirá os gastos do SUS com cirurgias e tratamentos mais caros.
(Carmen Zanotto) Quanto mais rápido for o diagnóstico, melhor pode ser a resposta clínica ao tratamento, quer seja a cirurgia, a quimio ou a radioterapia. Não existe a justificativa de que isso vai onerar o SUS, se nós temos um diagnóstico precoce, nós vamos ter um menor custo da cirurgia e o menor custo do tratamento porque a gente pode estar pegando um câncer bem na fase inicial.
(REP) O projeto teve como relator o senador Nelsinho Trad, do PSD do Mato Grosso do Sul. Com supervisão de Mauricio de Santi, da Rádio Senado, Lara Kinue.
