Presidente do Banco Central defende autonomia da instituição — Rádio Senado
Economia

Presidente do Banco Central defende autonomia da instituição

Em visita ao senador Plínio Valério (PSDB-AM), o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, manifestou apoio ao projeto da autonomia da instituição (PLP 19/2019). De autoria de Plínio, a proposta prevê a posse do presidente do BC no terceiro ano do mandato do presidente da República. Os demais oito diretores, divididos em duplas, assumirão os cargos a partir do primeiro ano de mandato do novo governo. Segundo o senador, Roberto Campos Neto minimizou as mudanças feitas ao projeto. Entre elas, a retirada de status de Ministério do BC e a inclusão da geração de emprego nos objetivos da instituição. O projeto da autonomia do Banco Central poderá ser votado na primeira semana de novembro. As informações são da repórter Hérica Christian, da Rádio Senado. 

29/10/2020, 18h46 - ATUALIZADO EM 29/10/2020, 18h48
Duração de áudio: 02:15
Leonardo Sá/Agência Senado

Transcrição
LOC: EM VISITA AO SENADO, PRESIDENTE DO BANCO CENTRAL DEFENDE PROJETO QUE TRATA DA AUTONOMIA DA INSTITUIÇÃO, QUE PODERÁ SER VOTADO NOS PRÓXIMOS DIAS. LOC: PROPOSTA QUE ACABA COM A COINCIDÊNCIA DE MANDATOS DA DIRETORIA E DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA. REPÓRTER HÉRICA CHRISTIAN TÉC: Numa visita de cortesia ao senador Plínio Valério, do PSDB do Amazonas, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, declarou apoio ao projeto que trata da autonomia da instituição. De iniciativa de Plínio Valério, a proposta prevê a posse do presidente do BC apenas no terceiro ano de mandato do presidente da República. Os demais oito diretores, divididos em duplas, assumirão os cargos em anos alternados, começando em março do primeiro ano do novo governo. A escolha dos nomes continua prerrogativa do presidente da República, que os encaminhará para sabatina no Senado. Segundo Plínio Valério, Roberto Campos Neto não desaprovou as mudanças feitas ao projeto. Entre elas a que retira o status de Ministério do Banco Central e a que inclui nas atribuições do BC atuar na geração de empregos e na estabilidade do sistema financeiro. Hoje a autoridade monetária do País tem a missão de controlar a inflação. Plínio Valério acredita que o BC não será mais usado em anos eleitorais para mascarar a inflação e a taxa de juros, por exemplo. (Plínio) Nesse momento conturbado em que a pandemia tomou conta do planeta, nós do Brasil precisamos de novos investidores e investimentos. O BC tendo autonomia, sua diretoria não podendo ser demitida a bel prazer do presidente da hora, vai dar uma segurança jurídica, monetária. E é essa segurança que o projeto quer passar. REP: O líder do PT, Rogério Carvalho, de Sergipe, anunciou voto contrário à autonomia do Banco Central. (Rogério) O Banco Central é responsável pela política monetária do País e precisa responder ao governo. Creio que a sociedade deve ter controle sobre as atividades do BC e isso só se faz através do Executivo sobre as atividades do Banco Central. REP: O projeto da autonomia do Banco Central poderá ser votado na primeira semana de novembro. Da Rádio Senado, Hérica Christian. PLP 19/2019

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