Popularizar colonoscopia é a melhor forma de prevenir o câncer de intestino, dizem especialistas — Rádio Senado
Saúde

Popularizar colonoscopia é a melhor forma de prevenir o câncer de intestino, dizem especialistas

A Comissão de Assuntos Sociais (CAS) debateu nesta terça-feira (26) a política de prevenção ao câncer de intestino. Especialistas no assunto defenderam a popularização do exame de colonoscopia como a melhor forma de reduzir a mortalidade desse tipo de câncer, que apresenta uma média 36 mil novos casos por ano no Brasil. O senador Styvenson Valentim (Pode-RN) destacou a necessidade de corrigir a tabela do SUS. As informações na reportagem de Maurício de Santi.

26/03/2019, 18h00 - ATUALIZADO EM 26/03/2019, 18h35
Duração de áudio: 01:45
Comissão de Assuntos Sociais (CAS) realiza audiência pública interativa para debater o tema "Câncer Colorretal: ações e políticas para prevenção, diagnóstico e tratamento". 

Mesa: 
vice-presidente da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica, Gustavo Fernandes; 
diretor do Departamento de Atenção Especializada e Temática da Secretaria de Atenção à Saúde do Ministério da Saúde, Marcelo Campos Oliveira; 
presidente eventual da CAS, senadora Maria do Carmo Alves (DEM-SE); 
presidente do Instituto Oncoguia, Luciana Holtz. 

Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado
Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado

Transcrição
LOC: PARLAMENTARES SUGEREM A CRIAÇÃO DE UM PROGRAMA NACIONAL DE PREVENÇÃO AO CÂNCER DE INTESTINO. LOC: 36 MIL NOVOS CASOS SÃO REGISTRADOS NO BRASIL TODOS OS ANOS. O TEMA FOI DEBATIDO EM AUDIÊNCIA PÚBLICA NA COMISSÃO DE ASSUNTOS SOCIAIS. REPÓRTER MAURÍCIO DE SANTI: TÉC: O câncer colorretal é o terceiro mais comum entre os homens e o segundo entre as mulheres. Um terço dos pacientes diagnosticados com a doença acaba morrendo. A melhor forma de prevenção é o exame de colonoscopia, como explicou o vice-presidente da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica, Gustavo Fernandes: (GUSTAVO FERNANDES): Se a gente faz um exame do intestino grosso e acha uma lesão precursora muito bem caracterizada, que é o pólipo, e você retira; você está efetivamente prevenindo e um câncer em alguém. E isso impacta claramente em mortalidade. (MAURÍCIO): O representante do Ministério da Saúde, Marcelo Campos Oliveira, reconheceu a necessidade de um esforço conjunto para a criação de uma política nacional de prevenção ao câncer de intestino. Mas ele reconhece que as boas ideias muitas vezes esbarram na falta de dinheiro. (MARCELO): Uma grande dificuldade é realmente a questão orçamentária. Isso todos nós sabemos, né, com esse déficit fiscal, com o nosso orçamento anual. Então, o que que a gente vai combater com muita veemência e com muita contundência? Os desperdícios, as más práticas que a gente sabe que historicamente houve e buscar caminhos para fazer gestão e reconhecer quem faz bem feito. (MAURÍCIO): O Ministério da Saúde destacou que já existem algumas iniciativas isoladas bem-sucedidas na prevenção ao câncer de intestino. A intenção é ampliar esses exemplos. O senador Styvenson Valentim, do Podemos do Rio Grande do Norte, lembrou que a baixa remuneração do SUS também é um desestímulo: (STYVENSON): se é 112 reais em contrapartida com o valor cobrado nos particulares que chega de 900 a três mil reais os exames, se isso não desmotiva o médico. Eu, médico, não vou fazer nada pelo SUS, vou nada, eu tô trabalhando de graça. É mentira? (MAURÍCIO): A revisão da tabela do SUS é uma reivindicação antiga da classe médica e está em discussão no Ministério da Saúde. Da Rádio Senado, Maurício de Santi.

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