Plenário decide adiar para este sábado eleição para a presidência do Senado — Rádio Senado
Nova legislatura

Plenário decide adiar para este sábado eleição para a presidência do Senado

Após horas de impasse, o Plenário do Senado decidiu adiar para este sábado (2) a eleição do comando da Casa. O presidente em exercício, Davi Alcolumbre (DEM-AP), suspendeu a sessão, mas afirmou que a votação será aberta, respeitando a decisão da maioria dos senadores. Mais cedo, o Plenário havia deliberado sobre a questão e 50 senadores se posicionaram a favor do voto aberto. Os parlamentares contrários, no entanto, alegaram que o Regimento Interno não poderia ser alterado. O texto prevê votação secreta em reuniões preparatórias. Eles também afirmaram que o senador Davi Alcolumbre não poderia presidir o processo diante da possibilidade de ser candidato à Presidência. Alcolumbre concordou que o senador José Maranhão (MDB-PB), na condição de parlamentar mais idoso, comande a sessão neste sábado, mas sem revogar a decisão sobre o voto aberto. Já a senadora Kátia Abreu (PDT-TO) defendeu que a questão do voto aberto seja revista. Ela argumentou que qualquer parlamentar poderá revelar publicamente sua escolha mesmo no caso de uma votação secreta.


01/02/2019, 23h36 - ATUALIZADO EM 02/02/2019, 00h12
Duração de áudio: 02:30
Pedro França/Agência Senado

Transcrição
LOC: PLENÁRIO DECIDE ADIAR PARA ESTE SÁBADO ELEIÇÃO PARA O COMANDO DO SENADO. LOC: PRESIDENTE EM EXERCÍCIO DIZ QUE A ESCOLHA SERÁ COM O VOTO ABERTO. REPÓRTER HÉRICA CHRISTIAN. TÉC: Ao responder uma questão de ordem do senador Randolfe Rodrigues da Rede Sustentabilidade do Amapá, o presidente em exercício, senador Davi Alcolumbre do Democratas do Amapá, levou para o Plenário a decisão sobre a escolha do comando da Casa. Por 50 votos a 2, a maioria decidiu que a eleição deve ser feita por meio do voto aberto. Os senadores contrários alegaram que o Plenário não poderia alterar o Regimento Interno, que prevê votação secreta, numa sessão preparatória. Eles também alegaram que o senador Davi Alcolumbre não poderia presidir o processo diante da possibilidade de ser candidato. Em meio ao impasse, o presidente em exercício concordou que o senador José Maranhão do MDB da Paraíba, na condição de parlamentar mais idoso, comande a sessão suspensa e convocada para este sábado. Ele ressaltou, no entanto, que a decisão sobre o voto aberto não poderá ser revogada ao afirmar que um ato unilateral de um parlamentar não pode se sobrepor à vontade de 50 senadores. (Davi): Fiz a leitura do resultado final e apresentei para o plenário resultado da votação. O presidente mesmo que interinamente revogue a decisão de 50 senadores contra a população brasileira está fadado ao fracasso. (REP): Para a senadora Kátia Abreu do PDT do Tocantins, a decisão do voto aberto poderá ser revista pelo senador que presidir a sessão. Ela argumentou que qualquer parlamentar poderá revelar publicamente sua escolha mesmo no caso de uma votação secreta. Kátia Abreu ponderou que a mudança do status do voto para a eleição do Senado poderá ser feita em outro momento. (Kátia) Essa votação foi inconstitucional, ditatorial e constrange inclusive o Supremo, que já decidiu que nós estamos certos no que diz respeito ao Regimento Interno, que é considerado uma legislação. Ele está dizendo que o voto é secreto. Então, na hora certa, vamos mudar isso. Não tem problema nenhum. REP: Pelo menos cinco senadores registraram a candidatura à presidência do Senado. Fernando Collor do PROS de Alagoas; Reguffe sem partido do Distrito Federal; Angelo Coronel do PSD da Bahia; Álvaro Dias do Podemos do Paraná e Major Olímpio do PSL de São Paulo. Já Renan Calheiros do MDB de Alagoas teve o nome anunciado pela liderança do partido no Plenário. Da Rádio Senado, Hérica Christian.

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