Plataforma do governo permite autoexclusão em sites de apostas

Transcrição
O governo federal lançou neste mês de dezembro uma plataforma centralizada de autoexclusão de apostas. De forma voluntária, a iniciativa permite o usuário bloquear o acesso a todas as suas contas em sites de apostas autorizados pelo Ministério da Fazenda, visando prevenir danos financeiros e à saúde. Além da restrição de acesso, o cidadão que solicitar a autoexclusão terá seu CPF indisponível para criação de novas contas e para recebimento de publicidade direcionada de casas de apostas. O usuário poderá escolher a duração do período de afastamento, de um a 12 meses, ou por tempo indeterminado. Nas redes sociais, o senador Humberto Costa, do PT de Pernambuco, elogiou a iniciativa e disse que é “uma ferramenta essencial para combater o vício em apostas online”. Mas para o senador Izalci Lucas, do PL do Distrito Federal, a plataforma não tem ampla efetividade no combate aos impactos das bets. Ele reforçou que a prioridade seria restringir o acesso de pessoas beneficiárias do Cadastro Único. Bem, essa plataforma de autoexclusão da aposta não vai resolver muita coisa, só para as pessoas cadastrarem para que as pessoas não possam usar esse CPF nos jogos. Mas o que o governo deveria fazer, e a proposta que fiz em diversas ocasiões da CPMI, era exatamente que o governo deveria excluir todos os beneficiários que estão no Cadastro Único. Isso é o que tem que ser feito para proibir a pessoa que tem Bolsa Família, BPC, jogar. A solicitação de autoexclusão pode ser feita pelo site gov.br/autoexclusaoapostas. É necessário ter conta no Gov.br com nível prata ou ouro. Assim que a solicitação for confirmada, os sites de apostas terão até 72 horas para realizar o bloqueio. Além da autoexclusão, o sistema conta com orientações sobre saúde mental e atendimento no SUS. Sob supervisão de Alexandre Campos, da Rádio Senado, Lana Dias.