Senadores debatem mudanças nas regras para o registro de armas — Rádio Senado
Segurança jurídica

Senadores debatem mudanças nas regras para o registro de armas

A Comissão de Segurança Pública debateu nesta terça-feira (16) as restrições impostas por decretos federais ao acesso a armas de fogo e a transferência da fiscalização de CACs para a Polícia Federal. Representantes de atiradores e colecionadores criticaram a burocracia e a falta de padronização nos registros. A Polícia Federal admitiu as dificuldades iniciais na integração de sistemas, mas garantiu o compromisso com a segurança jurídica. O Exército, por sua vez, destacou que mantém a fiscalização de centenas de outros produtos controlados.

16/12/2025, 17h08 - atualizado em 16/12/2025, 17h15
Duração de áudio: 02:26
Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

Transcrição
A Comissão de Segurança Pública analisou as mudanças trazidas por decretos presidenciais que dificultaram o acesso a armas de fogo e transferiram a fiscalização de armamentos do Exército para a Polícia Federal. Fabi Venera, presidente da Federação de Clubes de Tiro e Comércio de Armas de Santa Catarina, criticou a demora em processos de aquisição e registro de armas, a falta de uniformidade entre delegacias — como divergências em comprovantes de residência e ocupação lícita e indeferimentos para quem tem renda de menos de dois salários mínimos. E pediu uma instrução normativa objetiva da Polícia Federal para padronizar critérios. (Fabi Venera) "Em Joinville, por exemplo, tem um entendimento, na cidade vizinha tem outro entendimento". O Coordenador-Geral de Controle de Armas de Fogo da Polícia Federal, Wellington Clay Porcino Silva, admitiu as dificuldades iniciais na integração dos sistemas de registro, mas enfatizou o compromisso da instituição em garantir segurança jurídica aos colecionadores, atiradores desportivos e caçadores. (Wellington Clay Porcino Silva) "Isso acontece, são 127 unidades. A gente tem, inclusive, já um documento expedido pela coordenação-geral, determinando que esse critério de censo não seja aplicado, deixando muito claro que senão o estudante não poderia… Ele não exige renda mínima, a norma exige atividade lícita, independente de haver ou não renda". O senador Jorge Seif, do PL de Santa Catarina, anunciou que vai enviar os questionamentos apresentados no debate para o Exército e a Polícia Federal. (senador Jorge Seif) "E trazer isso depois a público, pelas redes sociais e pelo nosso próprio gabinete, com todas as respostas. De forma que essa resposta formal seja também um escudo, no melhor sentido da palavra, para os CACs de todo o Brasil, porque serão respostas oficiais das entidades". O general André Gusmão, Diretor de Fiscalização de Produtos Controlados do Exército, enfatizou que, embora parte das atribuições sobre CACs tenha sido repassada, a instituição continua responsável por 382 produtos controlados como armamentos, munições e produtos químicos como o nitrato de amônia. Da Rádio Senado, Bruno Lourenço.

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