Comitiva do Senado vai à Rússia acompanhar estudos de vacina contra câncer
A senadora Dra. Eudócia (PL-AL), presidente da Subcomissão de Câncer, que integra a Comissão de Assuntos Sociais (CAS), anunciou que uma comitiva do Senado vai à Rússia para acompanhar os estudos de uma vacina contra o câncer desenvolvida com RNA mensageiro. A expectativa é que a missão abra cooperação com centros de pesquisa brasileiros, como a Fiocruz e o Butantã, para futura produção nacional da vacina.

Transcrição
UM GRUPO DE SENADORES VISITARÁ A RÚSSIA, EM OUTUBRO, PARA ACOMPANHAR ESTUDOS DE VACINA DESENVOLVIDA PARA COMBATER O CÂNCER.
O OBJETIVO É AVALIAR DE PERTO A TECNOLOGIA E VER A POSSIBILIDADE DE IMPORTÁ-LA AO BRASIL. QUEM TRAZ OS DETALHES É O REPÓRTER PAULO BARREIRA.
O anúncio da viagem foi feito pela senadora Dra. Eudócia, do PL de Alagoas, durante reunião do Grupo Parlamentar de Relacionamento com o Brics, grupo que reúne Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul e outros países e que atua no Senado para aproximar o Brasil dos países membros em temas estratégicos.
Segundo a senadora, que preside a Subcomissão do Câncer, a missão dos parlamentares pretende abrir uma parceria entre os institutos russos e entidades científicas brasileiras, como o Butantã e a Fiocruz, para que o Brasil também consiga produzir a vacina.
A tecnologia do imunizante é baseada no RNA mensageiro, que ensina o sistema imunológico a identificar proteínas específicas do tumor e a acionar células de defesa capazes de destruir as células cancerígenas. O método é personalizado para cada paciente e pode representar uma revolução tanto em casos iniciais quanto em estágios avançados da doença, aumentando as chances de sobrevida.
Dra. Eudócia, que é médica de formação, avalia que a nova tecnologia pode transformar o tratamento do câncer no Brasil.
(sen. Dra. Eudócia) “Vem fazer a diferença no tratamento oncológico. Elas serão divisor de águas. Essa vacina já está sendo aplicada, já está sendo administrada. Nós estamos falando de algo que vem revolucionar o tratamento do câncer”.
O presidente do Grupo Parlamentar do Brics, senador Irajá, do PSD do Tocantins, espera uma parceria entre os dois países para que a tecnologia chegue ao Brasil. Para ele, a vacina pode representar esperança para milhões de pacientes.
(sen Irajá) “É um assunto tão relevante, tão importante. A Rússia trazendo ao mundo a oportunidade de uma nova tecnologia de vacina para uma doença que, infelizmente, é o mal do século e que pode representar a esperança de milhões e milhões de pessoas no mundo e, claro, aqui no Brasil também. E quem sabe, por que não, no curto espaço de tempo, está promovendo algum tipo de cooperação técnica e tecnológica para que nós possamos replicar o mesmo aqui no Brasil”.
O Grupo Parlamentar de Relacionamento com o Brics, formado por 32 senadores, foi criado para fortalecer a participação do Brasil no grupo internacional. Com duração indeterminada, o grupo atua promovendo debates, intercâmbio com parlamentares dos países membros e acompanhando projetos de interesse do Brics no Congresso Nacional.Sob a supervisão de Samara Sadeck, da Rádio Senado, Paulo Barreira.

