Audiência na Comissão de Educação destaca metas para universidades e pesquisa
A Comissão de Educação teve nesta terça-feira (19) a terceira audiência pública para discutir o novo Plano Nacional de Educação (PNE), que terá vigência até 2034. A presidente da comissão, senadora Teresa Leitão (PT-PE), requereu, no início do ano, doze audiências públicas para debater as diretrizes, metas e estratégias do projeto de lei da política educacional dos próximos dez anos. O texto ainda está em análise na Câmara dos Deputados.

Transcrição
A COMISSÃO DE EDUCAÇÃO DISCUTIU O PROJETO DE LEI DO NOVO PLANO NACIONAL DE EDUCAÇÃO EM MAIS UMA AUDIÊNCIA PÚBLICA.
A MATÉRIA AINDA ESTÁ EM TRAMITAÇÃO NA CÂMARA DOS DEPUTADOS, MAS JÁ VEM SENDO DEBATIDA DESDE O ANO PASSADO NO SENADO. A REPÓRTER MARIA BEATRIZ GIUSTI TRAZ MAIS INFORMAÇÕES.
A Comissão de Educação realizou a terceira audiência pública para discutir o novo Plano Nacional de Educação, o PNE, que será válido até 2034. A presidente da comissão, senadora Teresa Leitão, do PT de Pernambuco, requereu, no início do ano, doze audiências públicas para debater as diretrizes, metas e estratégias do projeto de lei da política educacional dos próximos dez anos. O texto ainda está em tramitação na Câmara dos Deputados.
O PNE é um documento que reúne todas as normas e procedimentos do governo federal em relação à educação básica, superior e tecnológica durante dez anos.
A reunião foi focada nos planos para a educação superior, com metas para ampliar o número de mestres e doutores nas universidades e na esfera administrativa, pública e privada, além de metas para a educação tecnológica e científica.
A diretora de um dos maiores órgãos de fomento à pesquisa, o CNPq, Dalila Andrade, entende que os incentivos para a pesquisa científica brasileira são fundamentais para o desenvolvimento e autonomia do país, mas sem deixar de lado programas de pesquisa no exterior. Segundo ela, dessa forma, o Brasil consegue trazer de volta esses pesquisadores.
Ora, fazer ciência, fazer pesquisa é algo que a gente não pode achar que a gente faz ser conscrito a uma fronteira nacional. Nós nunca falamos tanto de soberania no Brasil depois dos ataques que a gente vem sofrendo pelo presidente dos Estados Unidos. Não há país soberano sem um sistema de desenvolvimento científico forte. Então é muito importante que a gente pense sobre isso, tenha o foco no desenvolvimento científico, mas entendendo também que a gente ganha muito com a internacionalização.
O senador Flávio Arns, do PSB do Paraná, falou da necessidade de incentivar professores da educação superior a se especializarem e continuarem a estudar com o apoio financeiro adequado.
Sempre batalhamos para uma formação maior, de formação básica também, para ter os professores, pelo menos na graduação, 100% formados. Mas para isso é necessário também a gente não esquecer a carreira docente, para que o professor se sinta motivado a ser professor em primeiro lugar e aí ter a formação financeiramente.
A próxima audiência reunirá representantes de sindicatos e confederações de professores e trabalhadores da educação básica e superior. Sob a supervisão de Samara Sadeck, da Rádio Senado, Maria Beatriz Giusti

