Com foco em pautas sociais e penais, Plenário aprova mais de 50 projetos na primeira metade de 2025
Os senadores aprovaram no Plenário mais de 50 projetos de lei no primeiro semestre nas mais diferentes áreas. Na da saúde, os destaques são o tratamento completo na rede pública para pessoas vitimadas por queimaduras (PL ), a Política Nacional de Enfrentamento da Infecção por Papilomavírus Humano e o projeto que considera deficiência a fibromialgia ou fadiga crônica. O vice-líder da oposição, senador Marcos Rogério (PL-RO), ressaltou a aprovação de propostas na área da segurança pública, como o aumento da pena para os crimes de furto e roubo de cabos de energia e telecomunicações e para homicídios cometidos em ambiente escolar. Ao citar a aprovação do uso de tornozeleira eletrônica por acusados de violência doméstica e da reconstrução dentária para vítimas de violência doméstica, a senadora Margareth Buzetti (PSD-MT) destacou que são projetos que mudam a vida das mulheres, e não apenas simbólicos.

Transcrição
NO PRIMEIRO SEMESTRE DE 2025, O PLENÁRIO APROVOU MAIS DE CINQUENTA PROJETOS DE LEI. ENTRE ELES, O QUE CONSIDERA A FIBROMIALGIA UMA DEFICIÊNCIA, O QUE DEFINE REGRAS PARA TRANSPORTE AÉREO DE ANIMAIS E O QUE AUMENTA A PENA PARA FURTO DE CABOS DE ENERGIA
SENADORES TAMBÉM AVANÇARAM NA CHAMADA PAUTA FEMININA, COM O FIM DA PRESCRIÇÃO PARA O ATENUANTE DA IDADE NOS CRIMES SEXUAIS E O USO DE TORNOZELEIRA ELETRÔNICA JÁ NA CONCESSÃO DA MEDIDA PROTETIVA. REPÓRTER HÉRICA CHRISTIAN.
De fevereiro a julho, o Plenário do Senado aprovou 52 projetos de lei, alguns já sancionados.
Na área da saúde, estão a exibição de campanha de prevenção de doenças no rádio e na TV, o tratamento completo na rede pública para pessoas vitimadas por queimaduras, a Política Nacional de Enfrentamento da Infecção por Papilomavírus Humano e o projeto que considera deficiência a fibromialgia ou fadiga crônica. Nesse caso, os pacientes diagnosticados terão direito à aposentadoria mais cedo.
Os senadores também aprovaram o aumento da pena para maus tratos a idosos; para o furto, roubo e interceptação de cabos de energia ou de telecomunicações, e para homicídios cometidos em ambiente escolar.
O vice-líder da oposição, senador Marcos Rogério, do PL de Rondônia, destacou que o tema da violência foi prioridade no primeiro semestre não apenas no Plenário, mas na Comissão de Segurança Pública.
O Brasil vive um drama com a violência. A violência crescendo a todo momento. O que era um problema apenas para o Rio de Janeiro e São Paulo hoje virou um problema do Brasil inteiro. Uma forma do Parlamento ajudar nesse enfrentamento é estabelecer uma legislação penal mais rígida, mais dura e nós fizemos isso. Fizemos isso em relação ao cadastro no caso de crimes sexuais, endurecimento de penas para crimes violentos.
O Plenário também priorizou a chamada pauta feminina com a aprovação do aumento da pena para a adulteração de imagens de mulheres com recursos tecnológicos para a prática de violência psicológica; do uso de tornozeleira eletrônica por acusados de violência; da reconstrução dentária para vítimas de violência doméstica, do fim da prescrição para crimes sexuais cometidos por menores de 21 e maiores de 70 anos de idade e da cota para mulheres nos conselhos das empresas públicas.
A senadora Margareth Buzetti, do PSD de Mato Grosso, destacou que esses projetos impactam a vida das mulheres na prática.
O Senado aprovou projetos que realmente mudam a vida das mulheres. São garantias contra a discriminação, punições mais severas para violências, incentivo à empatia e respeito no luto, no adoecimento, na maternidade. Não são pautas simbólicas. São avanços concretos para quem vive situações duras e precisa do Estado como amparo.
Eu mesma tive um projeto sancionado agora: a ampliação do direito à reconstrução das mamas para além do câncer.
O Plenário também aprovou regras para transporte aéreo de cães e gatos e a proibição de tatuagens e piercings em animais; a identificação da quantidade de chocolate nos rótulos desses alimentos; a cota de 30% nos concursos públicos para pessoas pretas e pardas, indígenas e quilombolas; a terapia nutricional para pessoas com espectro autista e a prorrogação de prazo para a regularização de terras localizadas perto das fronteiras. Da Rádio Senado, Hérica Christian.

