Brics quer protagonismo global na regulação da inteligência artificial — Rádio Senado
Brics 2025

Brics quer protagonismo global na regulação da inteligência artificial

Durante a 4ª sessão do 11º Fórum Parlamentar do Brics, os participantes defenderam a criação de um marco regulatório para a inteligência artificial que beneficie as economias emergentes. O objetivo é usar a IA para promover justiça social e erradicar desigualdades. O senador Humberto Costa (PT-PE) destacou as preocupações comuns, como a privacidade dos dados. Países como Irã, Egito, Emirados Árabes Unidos e Rússia defenderam a criação de regulamentações claras e mais harmonia nas legislações.

05/06/2025, 14h50 - ATUALIZADO EM 05/06/2025, 14h59
Duração de áudio: 03:07
Foto: Geraldo Magela/Agência Senado

Transcrição
OS PAÍSES DO BRICS QUEREM UM MARCO REGULATÓRIO COMUM SOBRE A INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL ENTRE OS PAÍSES DO BLOCO. O OBJETIVO É PRIORIZAR OS INTERESSES DO BRICS, COMBINANDO CRESCIMENTO TECNOLÓGICO COM INCLUSÃO SOCIAL. REPÓRTER MARCELLA CUNHA Durante a 4ª sessão de trabalho do 11º Fórum Parlamentar do Brics, os participantes defenderam a criação de um marco regulatório global para a Inteligência Artificial. Os países do bloco querem ter um papel central na regulação, garantindo uma governança compartilhada entre as economias emergentes. O objetivo é garantir que a IA não seja apenas uma ferramenta de avanço econômico, mas possa ser usada para promover justiça social e erradicar desigualdades. Para o senador Humberto Costa, do PT de Pernambuco, que é o coordenador do Fórum, os integrantes do Brics dividem as mesmas preocupações em relação ao uso da IA, como proteção dos direitos humanos e privacidade. Identifiquei muitas preocupações comuns entre os países que compõem o Brics, especialmente a preocupação de que a adoção dessa tecnologia se dê de uma forma inclusiva, responsável, com preservação da privacidade dos dados e a garantia de que  haverá uma ação importante para impedir eventuais abusos nessa utilização. Humberto Costa lembrou que o Senado já aprovou um projeto que regulamenta a tecnologia no Brasil, em dezembro do ano passado, e que aguarda análise da Câmara dos Deputados. Já a senadora Dra. Eudócia, do PL de Alagoas, que é médica, destacou os avanços tecnológicos que a IA tem permitido na área da saúde, enaltecendo o intercâmbio com os países do Brics. As biotecnologias empregadas atualmente nesses tratamentos de ponta para tratar o câncer, todos têm inteligência artificial. Doenças autoimunes, na área cardíaca, intervenções cirúrgicas robóticas. Então, a troca muito profícua e muito próspera, sem sombra de dúvidas.   Durante a discussão, o representante do Irã, Mostafa Taheri, destacou a necessidade de alinhar legislações para facilitar a troca de dados, já que a falta de harmonização das regulamentações tem dificultado a cooperação entre os países. Já Sara Falaknaz, dos Emirados Árabes Unidos, alertou para os riscos de ampliação das desigualdades se a tecnologia não for bem regulada.  Wang Ke, do Congresso Nacional do Povo da China, sugeriu que a falta de intercâmbio enfraquece a capacidade de responder a riscos comuns e que em alguns países a inovação ocorre de maneira restrita, sem a devida integração com o mundo exterior. Estão obcecados por ver vigorosamente um pequeno pátio com muros altos com a IA. Isso não só dificulta a integridade das cadeias de suprimento internacional e enfraquece a capacidade de responder a riscos. Também foram ouvidos parlamentares da Rússia, Egito e Índia. Da Rádio Senado, Marcella Cunha

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