Parlamentares discutem desenvolvimento econômico
Na segunda reunião do primeiro dia do 11º Fórum Parlamentar dos Brics, os participantes discutiram alternativas para o desenvolvimento econômico dos países do grupo. Na opinião deles, os desafios atuais, como o enfraquecimento do multilateralismo, exigem medidas para facilitar as trocas comerciais e estimular os investimentos. Fortalecer o Novo Banco de Desenvolvimento do Brics e definir marcos legais nas áreas comercial, financeira e econômica foram algumas sugestões apresentadas.

Transcrição
NA SEGUNDA SESSÃO DO DÉCIMO PRIMEIRO FÓRUM PARLAMENTAR DO BRICS, OS PARTICIPANTES DISCUTIRAM ALTERNATIVAS PARA O DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO DOS PAÍSES DO GRUPO. NA OPINIÃO DELES, OS DESAFIOS ATUAIS, COMO O ENFRAQUECIMENTO DO MULTILATERALISMO, EXIGEM MEDIDAS PARA FACILITAR AS TROCAS COMERCIAIS E ESTIMULAR OS INVESTIMENTOS. REPÓRTER ALEXANDRE CAMPOS.
Como enfrentar os novos desafios que se impõem em todo o mundo, com o aumento de medidas protecionistas de mercado, o enfraquecimento de organismos internacionais e a ausência de instituições mais representativas, que levem em conta os interesses de países do chamado sul global, foram alguns temas discutidos na segunda sessão de trabalho do Décimo Primeiro Fórum Parlamentar do Brics.
Os participantes debateram a busca de novos caminhos para o desenvolvimento econômico e destacaram a importância dos parlamentos na proposição de medidas que poderão fortalecer ainda mais a cooperação e integração dos países que compõem o grupo, como a definição de marcos legais econômicos, comerciais e financeiros que facilitem as transações e estimulem os investimentos, como lembrou o representante egípcio, Mohamed Soliman.
Focando no fomento do espírito empreendedor, especialmente entre jovens e mulheres e especialmente porque essas leis progressistas em empreendedorismo, inovação e financiamento podem servir como um ponto de entrada vital para estimular o dinamismo econômico inclusivo.
Os participantes ainda salientaram a importância da reforma da governança global econômica, com a maior participação do sul global nas decisões e também no acesso a financiamentos de projetos sustentáveis. Na opinião deles, o Novo Banco de Desenvolvimento, presidido por Dilma Roussef, é uma alternativa ao modelo que predominou nas últimas décadas, que atendiam a interesses dos países mais ricos em detrimento das necessidades dos considerados emergentes.
Ao se manifestar por meio de um vídeo gravado, Dilma afirmou que o banco está pronto para enfrentar o desafio, com investimentos em setores estratégicos, como ciência, transição energética, infraestrutura física e interconectividade. Dilma Roussef destacou ainda que a instituição promove o uso de moedas locais nessas operações, com foco no setor privado, o que reduz o risco cambial e os juros.
Em um mundo que se fragmenta, os Brics são um pilar de integração. Em tempos de incerteza, somos uma fonte de estabilidade. E em uma era de rápidas transformações tecnológicas, estamos prontos para ser uma plataforma decisiva de cooperação em tecnologia e promoção de inovações.
A segunda sessão de trabalho do décimo primeiro Fórum Parlamentar do Brics foi presidida pelo deputado federal Fausto Pinato, do Progressistas de São Paulo. Também participaram da sessão representantes da Índia, Irã, Cuba, Emirados Árabes Unidos, Rússia, África do Sul e China. Da Rádio Senado, Alexandre Campos.

