Senado vai ouvir especialistas em seminário sobre minerais críticos e estratégicos
A Comissão de Assuntos Econômicos vai promover um seminário no dia 1º de julho para debater e propor políticas para a exploração de minerais críticos e estratégicos, como o nióbio, o lítio e o urânio. A iniciativa é do presidente do colegiado, senador Renan Calheiros (MDB-AL), que classifica o potencial brasileiro como o "novo pré-sal". Estima-se que o país possua 10% das reservas mundiais desses minerais essenciais para setores como a tecnologia, a defesa e a transição energética.

Transcrição
A COMISSÃO DE ASSUNTOS ECONÔMICOS VAI PROMOVER UM SEMINÁRIO SOBRE MINERAIS CONSIDERADOS ESTRATÉGICOS PARA A TECNOLOGIA E A TRANSIÇÃO ENERGÉTICA.
O EVENTO SERÁ NO DIA PRIMEIRO DE JULHO. REPÓRTER MARCELA DINIZ:
O Brasil possui 10% das reservas mundiais dos chamados "minerais críticos e estratégicos", recursos que levam esse nome por terem disponibilidade limitada e serem essenciais para setores como tecnologia, defesa e transição energética. Nesse grupo estão o nióbio, o lítio, o urânio, o cobalto, o níquel, entre outros.
A Comissão de Assuntos Econômicos vai promover um seminário no dia primeiro de julho para debater e propor políticas para esse segmento da mineração. A iniciativa é do presidente do colegiado, senador Renan Calheiros, do MDB de Alagoas. Ele classificou o potencial mineral crítico brasileiro como o "novo pré-sal".
(sen. Renan Calheiros) "Lítio, nióbio, urânio e outros são objetos de cobiça e disputas geopolíticas no mundo em razão da sua utilização estratégica.Tenho dito, inclusive, que as reservas desses minerais são, verdadeiramente, outra camada de pré-sal, o motivo pelo qual decidimos propor a essa comissão esta discussão."
O senador Laércio Oliveira, do Progressistas de Sergipe, acredita que a exploração de minerais críticos poderá se converter em riqueza para todas as regiões do país.
(sen. Laércio Oliveira) "Analisando as riquezas minerais do nosso país, a gente enxerga que tem muita coisa boa para acontecer mas que, infelizmente, a gente não encontrou o mecanismo correto para buscar esses recursos e transformá-los em riqueza para todas as regiões do país."
Com 94,12% das reservas globais, o Brasil é o principal fornecedor de nióbio do mundo. O mineral é utilizado para fortalecer ligas metálicas e empregado na produção de aviões, aparelhos de ressonância magnética e outros produtos. A maior reserva de nióbio está na cidade de Araxá, em Minas Gerais; mas há depósitos nos estados de Goiás e Amazonas. O país também possui 22,42% do grafite; e 16% do níquel mundiais; e é o quinto maior produtor de lítio, usado na produção de carros elétricos. A maior parte da extração acontece no Vale do Jequitinhonha, em Minas Gerais. Da Rádio Senado, Marcela Diniz.

