Senado acompanha mudanças no ensino a distância
O Ministério da Educação publicou novas regras para o ensino superior a distância, proibindo a oferta 100% remota e restringindo cursos como Medicina, Direito e Enfermagem ao formato presencial. O ministro da Educação, Camilo Santana, reforça que o objetivo é assegurar a qualidade na formação profissional. No Senado, parlamentares acompanham os impactos das mudanças. O senador Izalci Lucas (PL-DF) defende o uso equilibrado da tecnologia, com fiscalização adequada.

Transcrição
O SENADO ACOMPANHA AS NOVAS REGRAS DO GOVERNO PARA A EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA NO ENSINO SUPERIOR.
UMA DAS NOVIDADES É A PROIBIÇÃO DA CHAMADA EAD PARA OS CURSOS DA ÁREA DA SAÚDE, COMO MEDICINA E ENFERMAGEM. REPÓRTER HENRIQUE NASCIMENTO.
Publicada pelo Ministério da Educação, a nova política de educação a distância estabelece que nenhum curso superior poderá ser ofertado integralmente de forma remota. Graduações em áreas como Medicina, Direito, Odontologia, Enfermagem e Psicologia passam a ser obrigatoriamente presenciais. O governo alega a necessidade de atividades práticas para uma formação de qualidade.
Para os demais cursos, o decreto determina que, no mínimo, 20% da carga horária seja cumprida presencialmente ou com atividades síncronas com mediadores, ou seja, com aulas ao vivo. Além disso, todas as avaliações deverão ser feitas de forma presencial.
O ministro da Educação, Camilo Santana, destacou que o objetivo é assegurar qualidade na formação dos profissionais.
(ministro Camilo Santana) “Nós sabemos a importância da educação a distância, que facilita a vida das pessoas, do trabalhador, mas queremos garantir qualidade na formação desses profissionais que vão para o mercado de trabalho. São enfermeiros, médicos, engenheiros que precisam ser bem formados. Estabelecemos regras e criamos o modelo semipresencial, que possibilita parte ser presencial e parte ser à distância.”
No Senado, parlamentares reconhecem a importância do EaD, especialmente em regiões com menor oferta presencial, mas defendem a adoção de critérios para garantir a qualidade. O senador Izalci Lucas, do PL do Distrito Federal, afirmou que é necessário equilíbrio entre o uso de tecnologia e a aula presencial.
(senador Izalci Lucas) “Para a área de saúde é importante ser presencial, o que não significa que não terá tecnologia. É evidente que tem que utilizar as ferramentas tecnológicas, mas presencial. Os demais cursos também têm que ser avaliados, tem que ter um acompanhamento, uma fiscalização de educação à distância. É um instrumento importantíssimo, ainda mais no interior do Brasil, que tem muitos problemas de infraestrutura, então também não podemos radicalizar com relação à educação à distância.”
As instituições de ensino terão até dois anos para se adaptarem às novas exigências. Os estudantes já matriculados poderão concluir os cursos no formato EAD.
Com supervisão de Hérica Christian, da Rádio Senado, Henrique Nascimento.

