Astronauta Marcos Pontes apresenta projeto que busca fortalecer a medicina nuclear no Brasil
O senador Astronauta Marcos Pontes (PL-SP) apresentou neste ano o PL 2.167/2025 que institui a Política Nacional para o Desenvolvimento da Medicina Nuclear. A proposta busca ampliar o acesso da população a diagnósticos e tratamentos por meio do fortalecimento da produção nacional de radiofármacos e da ampliação dos serviços na área. Entre os objetivos estão o incentivo à pesquisa e inovação, a formação de profissionais especializados e a aceleração da construção do Reator Multipropósito Brasileiro (RMB), em São Paulo. A medicina nuclear é usada principalmente no combate ao câncer, doenças cardiovasculares e infecções graves. Atualmente, o Brasil depende quase totalmente de insumos importados e enfrenta desafios logísticos e desigualdades regionais no acesso aos procedimentos. A proposta também prevê articulação entre o SUS, instituições de pesquisa e o setor produtivo para garantir segurança, autonomia e qualidade no atendimento.
Transcrição
O SENADO ANALISA UM PROJETO DE LEI QUE PODE TRANSFORMAR O CENÁRIO DA MEDICINA NUCLEAR NO BRASIL.
A PROPOSTA CRIA UMA POLÍTICA NACIONAL PARA O DESENVOLVIMENTO DA ÁREA PARA AMPLIAR O ACESSO DA POPULAÇÃO A DIAGNÓSTICOS E TRATAMENTOS, ESPECIALMENTE EM CASOS DE CÂNCER, DOENÇAS CARDÍACAS E INFECÇÕES GRAVES. A REPORTAGEM É DE PAULO BARREIRA.
Imagina precisar de um exame para detectar um câncer de forma precoce e descobrir que ele não está disponível na sua cidade, ou que, quando existe, custa caro demais. Ou ainda, que o material usado no procedimento veio de fora do país e, por algum motivo, não chegou a tempo. Esse é o cenário que o Brasil enfrenta hoje quando se fala em medicina nuclear. A área é uma das mais avançadas da medicina moderna, usada no diagnóstico e tratamento de doenças graves, mas ainda está longe de ser acessível para toda a população.
Diante dessa realidade enfrentada por muitos brasileiros, o senador Astronauta Marcos Pontes, do PL de São Paulo, apresentou neste ano um projeto de lei que cria a Política Nacional para o Desenvolvimento da Medicina Nuclear. O objetivo é expandir e qualificar os serviços prestados na área.
De acordo com Marcos Pontes, a proposta prevê o estímulo à pesquisa e à inovação tecnológica, a articulação entre órgãos públicos, instituições de pesquisa, o Sistema Único de Saúde e o setor produtivo, além de acelerar a instalação até 2030 do Reator Multipropósito Brasileiro, capaz de dar ao país seus próprios radioisótopos, insumos essenciais para a medicina nuclear.
(sen. Astronauta Marcos Pontes) "Ele traz as diretrizes nacionais para apoiar e estruturar a medicina nuclear no país. Ele propõe também fortalecer a produção nacional de radiofármacos e radionuclídeos aqui no Brasil. Também incentivar os investimentos privados e públicos no setor. Apoia a formação de profissionais, é outra coisa importante. E estimula pesquisa e inovação com o uso de novas tecnologias".
Em sua justificativa, o senador Marcos Pontes destaca que países como Chile, Colômbia e África do Sul já avançaram mais que o Brasil na área, mesmo tendo economias menores.
Segundo o Instituto Nacional de Câncer, o Brasil deve registrar até o fim deste ano mais de 700 mil novos casos da doença. Só o câncer de pele não melanoma deve atingir cerca de 200 mil pessoas. Isso reforça a urgência da proposta, segundo o senador. Sob a supervisão de Samara Sadeck, da Rádio Senado, Paulo Barreira.
