Congresso Nacional inicia análise de MP que reajusta soldos dos militares
O Congresso Nacional vai iniciar a análise da medida provisória que reajusta em 9% os soldos dos militares das Forças Armadas (MPV 1293/2025). Pelo texto, o aumento será pago em duas parcelas: uma, a partir de 1º de abril de 2025; a outra, a partir de 1º de janeiro de 2026. Na opinião do senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS), a proposta do Executivo é insuficiente, já que o último reajuste concedido aos militares das Forças Armadas ocorreu em 2018. De lá para cá, segundo ele, a inflação foi de 34%.

Transcrição
O CONGRESSO NACIONAL VAI INICIAR A ANÁLISE DA MEDIDA PROVISÓRIA EDITADA PELO EXECUTIVO QUE PREVÊ O REAJUSTE DO VALOR DOS SOLDOS DOS MILITARES DAS FORÇAS ARMADAS EM 9 POR CENTO.
O AUMENTO SERÁ PAGO EM DUAS PARCELAS IGUAIS DE QUATRO E MEIO POR CENTO: UMA VALE A PARTIR DE PRIMEIRO DE ABRIL, ENQUANTO A SEGUNDA, A PARTIR DE PRIMEIRO DE JANEIRO DE 2026. REPÓRTER ALEXANDRE CAMPOS.
O Congresso Nacional vai iniciar a análise da medida provisória editada pelo governo que prevê o reajuste de 9 por cento no valor dos soldos pagos aos militares das Forças Armadas, dividido em duas parcelas de 4 e meio por cento. O aumento, segundo o Executivo, vai reduzir a defasagem salarial da categoria, por causa da inflação dos últimos anos, e beneficiar cerca de 740 mil profissionais da ativa, da reserva e pensionistas. O impacto no orçamento em 2025 está estimado em 3 bilhões de reais, e de cinco bilhões e trezentos milhões, a partir de primeiro de janeiro de 2026, data da segunda parcela. De acordo com o governo, a dedicação exclusiva e a disponibilidade para cumprir missões de elevado risco, justificam uma política remuneratória que estimule a permanência de profissionais qualificados na carreira. Mas para o senador Hamilton Mourão, do Republicanos do Rio Grande do Sul, a proposta do Executivo é insuficiente. General de Exército da reserva, ele lembrou que o último reajuste dos militares ocorreu em 2018, no governo Michel Temer.
(sen. Hamilton Mourão) Se levarmos em conta a inflação acumulada no período, ela foi de 34%. Portanto, é insuficiente e aí quando se compara com os índices concedidos a outras categorias, fica sempre aquela impressão de que o estamento militar está sendo tratado com desdém pela presidência da República. E sempre lembrando, o presidente da República é o comandante em chefe das Forças Armadas.
Já o presidente da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional, senador Nelsinho Trad, do PSD de Mato Grosso do Sul, lembrou que o índice de reajuste concedido aos militares é o mesmo garantido aos servidores civis e ainda representa o reconhecimento ao trabalho das Forças Armadas.
(sen. Nelsinho Trad) Estamos falando de homens e mulheres que dedicam suas vidas à proteção da nossa soberania, da nossa população e das nossas fronteiras. Especialmente lá no meu estado, Mato Grosso do Sul, que é fronteiriço e estratégico. Fazemos fronteira com a Bolívia e com o Paraguai.
A medida provisória que trata do reajuste do valor dos soldos dos militares das Forças Armadas precisa passar em votação final pelos plenários da Câmara dos Deputados e do Senado. Da Rádio Senado, Alexandre Campos.

