Senado capacita jovens com coleta de lixo eletrônico

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VOCÊ SABE COMO DESCARTAR CORRETAMENTE SEU LIXO ELETRÔNICO? CHAMADO DE E-LIXO, ELE EXIGE UM DESCARTE ESPECIAL POR CONTER RESÍDUOS PERIGOSOS. NO SENADO, UMA PARCERIA COM UMA ONG GARANTE O REAPROVEITAMENTO DESSES MATERIAIS E AINDA CAPACITA ADOLESCENTES PARA A TECNOLOGIA. A REPORTAGEM É DE MARINA DANTAS: Muito se fala sobre o descarte e a separação de lixo entre seco e úmido, como o lixo orgânico, mas o lixo eletrônico também tem um papel importante no processo de reciclagem. Chamado de E-Lixo, o descarte de produtos eletrônicos exige um olhar especial. Alguns componentes como baterias e lâmpadas fluorescentes podem ser devolvidos diretamente aos fornecedores, mas as lixeiras de cor laranja também são uma alternativa destinada a receber esse tipo de material eletrônico.  De acordo com o coordenador do Núcleo de Responsabilidade Social do Senado, Humberto Formiga, o descarte de materiais eletrônicos não pode ser feito junto ao lixo seco normal por conter resíduos químicos que o classificam como lixo perigoso.  (Humberto Formiga): "Nesse tipo de resíduo, nós temos produtos químicos que são altamente poluentes e alguns deles extremamente tóxicos para o meio ambiente, sobretudo para mamíferos e peixes. Então, quando esses resíduos são descartados de forma inadequada no meio ambiente, a consequência imediata é a poluição dos mananciais e se não houver medidas de tratamento, eles acabam retornando para nossas casas." No Senado, o Programa de Gerenciamento de Resíduos Sólidos da Casa tem uma parceria com uma organização não governamental que recolhe os materiais reconhecidos como bens inservíveis e faz o reaproveitamento com capacitação tecnológica de adolescentes que estão no ensino médio.  (Humberto Formiga): "Então eles desmontam esses aparelhos de forma didática para que os alunos entendam o funcionamento dessas estruturas e remontam fazendo um alongamento, um prolongamento da vida útil daqueles produtos, em alguns casos. E muitos desses aparelhos vêm de volta, vão para bibliotecas, vão para escolas públicas, e isso deixa o trabalho socialmente muito mais interessante, porque tem um ganho para todos." De acordo com o último estudo do Instituto das Nações Unidas para Formação e Pesquisa sobre o descarte de lixo eletrônico no mundo, o Brasil é o país com maior geração de resíduos eletrônicos de toda a América Latina. Sob supervisão de Samara Sadeck, da Rádio Senado, Marina Dantas.