Programa Universidade para Todos completa 20 anos esta semana — Rádio Senado
Educação

Programa Universidade para Todos completa 20 anos esta semana

O Programa Universidade Para Todos completa 20 anos esta semana. Ao longo desse período, o Prouni promoveu a inclusão educacional no Brasil, por meio da oferta de bolsas integrais e parciais em instituições privadas de ensino superior, para estudantes de escolas públicas e particulares. O impacto do Prouni é refletido na história de milhares de brasileiros, como a psicóloga Bruna Tavares, que realizou o sonho do ensino superior com o apoio do programa.

14/01/2025, 18h21 - ATUALIZADO EM 14/01/2025, 18h23
Duração de áudio: 04:18
Ministério da Educação

Transcrição
O PROGRAMA UNIVERSIDADE PARA TODOS COMPLETOU 20 ANOS DE EXISTÊNCIA ESTA SEMANA. AO LONGO DESSE PERÍODO, O PROUNI TRANSFORMOU A VIDA DE MILHÕES DE PESSOAS, AO AMPLIAR O ACESSO AO ENSINO SUPERIOR. OS DETALHES COM O REPÓRTER PAULO BARREIRA. Ao longo das últimas duas décadas, o Programa Universidade Para Todos tornou-se uma das principais alternativas aos estudantes brasileiros para ingressarem no ensino superior. Criado em 2005, o Prouni beneficiou milhões de brasileiros e ampliou oportunidades para grupos historicamente marginalizados, como jovens negros e pessoas de baixa renda.  Na prática, o Prouni oferece bolsas integrais e parciais em instituições privadas para os estudantes, com base no desempenho no Exame Nacional do Ensino Médio, o Enem. Para concorrer, é necessário atender critérios de renda e formação escolar estabelecidos pelo programa.  Inicialmente, o Prouni era voltado apenas para estudantes vindos de escolas públicas ou particulares, desde que tivessem estudado com bolsas integrais. Mas, em 2022, a aprovação de uma medida provisória alterou a legislação para permitir que estudantes não-bolsistas de escolas particulares também participem do programa. Além disso, a MP manteve a concessão de bolsas totais a candidatos com renda familiar mensal per capita de até um salário mínimo e meio, e parcial para aqueles com renda per capita de até 3 salários mínimos. No entanto, retirou a exigência da apresentação de documentos que comprovem sua condição socioeconômica. Agora, desde a sanção da lei, basta o estudante apresentar no momento da matrícula uma declaração de próprio punho informando que atende aos critérios. Durante a discussão da MP no Senado, o então relator, senador Wellington Fagundes, do PL de Mato Grosso, lembrou que o Prouni é uma política pública essencial para a inclusão educacional no Brasil. Ele enfatizou o impacto positivo do programa na vida de milhões de brasileiros que, sem essa iniciativa, dificilmente teriam acesso ao ensino superior.  (Wellington Fagundes) "O Prouni é, sem dúvida nenhuma, seguramente, ao lado do Fies, um dos mais importantes programas criados pelo governo brasileiro em favor da nossa gente. Duas décadas se passaram e os reflexos dessas políticas podem ser verificadas no incremento do número de pessoas que completam a sua formação e também na inclusão educacional de brasileiros para quem, até bem há pouco atrás, era impossível conquistar um diploma superior".  A Bruna Tavares, moradora de Águas Lindas de Goiás, foi uma das beneficiárias do Prouni. Por meio do programa, ela conseguiu uma bolsa integral em uma instituição privada de ensino superior e formou-se em Psicologia há 4 anos. Atualmente, a Bruna trabalha como psicóloga clínica. Para ela, o programa transformou a sua vida, proporcionando a oportunidade de alcançar o tão sonhado diploma e de mudar sua realidade. (Bruna Tavares) “Não tenho dúvidas de que só foi possível eu ter me formado em Psicologia e hoje ser uma profissional por meio do Prouni. Esse foi o programa que realmente garantiu que eu tivesse uma profissão, que eu realizasse um sonho, não só eu como a minha família também. Realmente a minha família não tinha condições de custear uma faculdade, um curso superior, assim como muitas outras famílias. Então, o Prouni foi o programa que realmente me possibilitou concretizar esse sonho e de muitos outros jovens”. Desde 2022, após a aprovação da medida provisória, o Prouni passou a contar com novas regras para a reserva de bolsas, especialmente para alunos autodeclarados negros e indígenas. Ao invés de um percentual fixo, as vagas serão distribuídas de acordo com o número dessas populações em cada estado, conforme dados do IBGE. A medida também ampliou as oportunidades para pessoas com deficiência e para estudantes em serviço de acolhimento institucional e familiar. A seleção dos bolsistas continua sendo feita com base na nota do Enem, com prioridade para professores da rede pública nos cursos de licenciatura, alunos de escolas públicas e bolsistas de instituições particulares. Sob a supervisão de Alexandre Campos, da Rádio Senado, Paulo Barreira.

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