Representante da ONU Mulheres pede que países do G20 combatam violência política
Ana Carolina Querino, representante da ONU Mulheres, considera a violência política contra mulheres uma questão de impacto global. Ela ressalta que os países do G20 precisam agir para enfrentar esse problema, garantindo a presença feminina nos espaços de decisão e superando a sub-representação que persiste em parlamentos, como o brasileiro, onde as bancadas femininas ainda estão longe de ocupar metade das cadeiras.
Transcrição
A REPRESENTANTE DA ONU MULHERES NO BRASIL PEDIU QUE OS PAÍSES DO G20 ATUEM NO COMBATE À VIOLÊNCIA POLÍTICA DE GÊNERO.
ANA CAROLINA QUERINO CLASSIFICOU A QUESTÃO COMO GLOBAL E UMA DAS PRINCIPAIS REIVINDICAÇÕES DO FÓRUM DE MULHERES DO P20. REPÓRTER MARINA DANTAS:
A violência política direcionada ao gênero feminino é um problema que transcende as fronteiras entre os países e se torna uma questão de impacto global. É o que afirma a cientista política e mestre em Ciências Sociais, Ana Carolina Querino, representante atual da ONU Mulheres Brasil e que esteve na abertura do Fórum de Mulheres Parlamentares do G20:
(Ana Carolina Querino): "Então a violência política se manifesta não só em relação à violência que as mulheres candidatas ou as mulheres parlamentares sofrem mas, também, em outros tipos de manifestação, como a influência no voto que as mulheres eleitoras têm; então, ela ganha diversas facetas e vem sendo trabalhada, globalmente, também nesse endereçamento."
Para a representante da ONU Mulheres, os países do G20 precisam atuar no combate à violência política para assegurar a presença das mulheres nos espaços decisórios e superar a sub-representatividade que ainda persiste em Parlamentos, como o do Brasil, onde as bancadas femininas ainda estão longe de ocupar metade das cadeiras:
(Ana Carolina Querino): "Tanto a igualdade de gênero e empoderamento de todas as mulheres, mas a importância da paridade nos cargos de tomada de poder e decisão. E o Parlamento é um deles, é fundamental conseguir avançar rumo a uma representatividade mais equitativa entre homens e mulheres."
O combate à violência política de gênero e o aumento da participação feminina na política são duas das reivindicações das parlamentares do P20 formalizadas na Carta de Alagoas, documento entregue oficialmente durante solenidade de abertura do Fórum de Parlamento. Sob supervisão de Marcela Diniz, da Rádio Senado, Marina Dantas.