Audiência Pública debate atuação do Exército na segurança cibernética
A Subcomissão Permanente de Defesa Cibernética debateu nesta quarta-feira (30) as relações entre a segurança nacional e a defesa cibernética. O colegiado poderá propor, até o final do ano, a criação de um centro de compartilhamento de informações para unir o setor privado e público contra ataques cibernéticos. O comandante de Defesa Cibernética do Exército, general Alan Denilson Lima Costa, disse que os esforços militares no setor estão à disposição das operações cibernéticas de todo o país.
Transcrição
O BRASIL É UM DOS PAÍSES COM MAIS ATAQUES CIBERNÉTICO DO MUNDO. SEGUNDO O PANORAMA DE AMEAÇAS PARA A AMÉRICA LATINA DESTE ANO, FORAM MAIS DE 700 MILHÕES DE TENTATIVAS DE INVASÃO VIRTUAL EM UM PERÍODO DE 12 MESES, UMA MÉDIA DE MAIS 1.300 ATAQUES POR MINUTO.
PARA DEBATER O ASSUNTO, A SUBCOMISSÃO DE DEFESA CIBERNÉTICA REALIZOU MAIS UMA ETAPA DE SEU PLANO DE TRABALHO E CONVIDOU O GENERAL RESPONSÁVEL PELA CIBERSEGURANÇA DO EXÉRCITO PARA DEBATER O TEMA. A REPÓRTER MARINA DANTAS ACOMPANHOU O DEBATE E TRAZ MAIS INFORMAÇÕES:
A Subcomissão Permanente de Defesa Cibernética debateu as relações entre a segurança nacional e a defesa cibernética durante audiência pública nesta quarta-feira. O comandante de Defesa Cibernética do Exército, general Alan Denilson Lima Costa, explicou que os núcleos do centro de defesa militar atuam desde 2012 com objetivos estratégicos, operacionais e táticos de desenvolver, ampliar e aplicar capacidades de proteção do espaço virtual brasileiro, além de fortalecer as relações internacionais para a defesa cibernética.
Os treinamentos, projetos de capacitação e a diplomacia internacional são pontos essenciais que contribuem para a expansão do conhecimento de segurança dentro dos núcleos de atuação cibernética. O general disse que os esforços militares no setor estão à disposição das operações cibernéticas das cidades e municípios brasileiros:
(General Alan Denilson Lima Costa): "Não faz sentido termos uma capacidade tão qualificada e só empregarmos nas operações militares. Ela está pronta para ser empregada sempre que estivermos necessitando ou surgir uma situação de crise. E, também, como instrumento da nossa política externa, contribuir para a estabilidade regional e também para a segurança e a paz mundial."
Na avaliação do presidente da Subcomissão, senador Esperidião Amin, do Progressistas de Santa Catarina, a ideia de se criar uma agência de defesa cibernética vem ganhando força nos debates:
(Esperidião Amin): "Nós temos que apresentar uma sugestão de posicionamento a respeito da necessidade, ou não, de criarmos uma agência de defesa cibernética. Eu acho que está se consolidando a constatação da absoluta necessidade desta criação."
O relatório final sobre a criação do centro de compartilhamento de informações contra ataques cibernéticos deverá ser apresentado pela Subcomissão até o final deste ano. Sob supervisão de Marcela Diniz, da Rádio Senado, Marina Dantas.