Mara Gabrilli planeja encontro para troca de experiências em acessibilidade — Rádio Senado
Mobilidade e inclusão

Mara Gabrilli planeja encontro para troca de experiências em acessibilidade

A senadora Mara Gabrilli (PSD-SP) planeja promover um encontro com gestores de grandes cidades de todo o mundo para troca de experiências sobre acessibilidade das pessoas com deficiência. A ideia surgiu depois que ela foi a Paris, em missão oficial pelo Senado, para acompanhar a abertura e parte dos jogos paralímpicos de 2024 e conhecer as ações implementadas na capital francesa para garantir a acessibiidade de atletas e do público em geral na competição.

06/09/2024, 13h43 - ATUALIZADO EM 06/09/2024, 13h43
Duração de áudio: 03:25
Foto: Pedro França/Agência Senado

Transcrição
A SENADORA MARA GABRILLI PRETENDE SE REUNIR COM GESTORES DE PARIS E OUTRAS CIDADES PARA PROMOVER A TROCA DE EXPERIÊNCIAS SOBRE ACESSIBILIDADE DAS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA. A IDEIA DO ENCONTRO SURGIU DEPOIS DE ELA VISITAR A CAPITAL FRANCESA PARA CONHECER OS PROJETOS IMPLEMENTADOS NA CIDADE PARA RECEBER ATLETAS E PÚBLICO NAS COMPETIÇÕES DOS JOGOS PARALÍMPICOS DE 2024. OS DETALHES COM O REPÓRTER ALEXANDRE CAMPOS. A senadora Mara Gabrilli, do PSD de São Paulo, anunciou que planeja se reunir, em dezembro, com a vice-prefeita de Paris, Lamia El Aaraje, e com autoridades de grandes cidades do mundo, para a troca de experiências sobre acessibilidade. A ideia do encontro surgiu depois que Mara Gabrilli, em missão oficial pelo Senado, visitou a capital francesa, para acompanhar a abertura e parte das competições dos jogos paralímpicos de Paris. Na ocasião, a senadora conheceu os projetos de acessibilidade implementados na cidade, para garantir a mobilidade dos atletas e do público em geral. Segundo Mara Gabrilli, houve investimentos na instalação de piso tátil e destinação de vagas para pessoas com deficiência em espaços públicos que, juntamente com o comércio, também receberam rampas de acessibilidade. Ela disse que o mesmo aconteceu no transporte coletivo, especialmente com a frota de ônibus, 95 por cento acessível. Todo país que sedia eventos desse porte deve deixar um legado para a cidade e para a população. E quando esse legado é bem sucedido, a ideia é replicá-lo em outros lugares. Depois que explicou à vice-prefeita de Paris as ações implementadas na Câmara dos Deputados e no Senado, para assegurar a acessibilidade de pessoas com deficiência nos espaços das duas casas, Mara Gabrilli disse que a gestora francesa manifestou interesse em conhecer o que foi feito em Brasília. Isso porque o Congresso Nacional, assim como o Hotel de Ville, sede da prefeitura parisiense, é tombado, ou seja, protegido contra ações que possam descaracterizá-lo  Ela ficou muito interessada. E ainda pediu a ajuda do nosso Senado para acessibilizar o Hotel de Ville e a Câmara Municipal e a Assembleia Nacional francesa. [...] é o nosso trabalho sendo exemplo pras outras nações. O fato é que eventos como os jogos paralímpicos, eles ultrapassam até os benefícios do esporte e são referências importantes para pensarmos em políticas públicas. Tetraplégica há três décadas, Mara Gabrilli, quando foi relatora na Câmara dos Deputados do projeto que criou a Lei Brasileira de Inclusão, também conhecida por Estatuto da Pessoa com Deficiência. Um dos capítulos dessa norma obriga o poder público a promover a prática desportiva dessa parcela da sociedade, por meio de treinamento e aporte de dinheiro. Deficiente visual desde os 22 anos, a Joana Vasconcelos trabalha no Senado como revisora de livros em braille e praticou golbol de 1997 a 2011. Medalhista de bronze com a seleção brasileira da modalidade, no parapan da Carolina do Sul de 2001, nos Estados Unidos, Joana Vasconcelos acredita que a lei brasileira de inclusão garantiu mais incentivos para a prática de esportes entre as pessoas com deficiência e ajudou a melhorar a qualidade de vida dessa parcela da população. É excelente você praticar o esporte, fazer uma atividade física, porque, além de você estar movimentando e a qualidade de vida, você está interagindo com o grupo de pessoas com deficiência visual. Eu conheci mais de 300 cegos nessa minha vida. A delegação brasileira que compete nas paralimpíadas de Paris conta com 280 atletas, incluindo os atletas-guia, os calheiros de bocha, os goleiros do futebol de cegos e o timoneiro do remo. Da Rádio Senado, Alexandre Campos.

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