Senado vai votar indicação de Galípolo para presidência do Bacen em 8 de outubro
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, anunciou que será em 8 de outubro a votação, em Plenário, da indicação de Gabriel Galípolo para a presidência do Banco Central (MSF 42/2024). Antes disso, a Comissão de Assuntos Econômicos vai se reunir para sabatinar e analisar a designação do economista para o cargo.
Transcrição
O PLENÁRIO DO SENADO VAI VOTAR EM 8 DE OUTUBRO A INDICAÇÃO DE GABRIEL GALÍPOLO PARA A PRESIDÊNCIA DO BANCO CENTRAL.
A MENSAGEM DA PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA COM A DESIGNAÇÃO DO ATUAL DIRETOR DE POLÍTICA MONETÁRIA DA INSTITUIÇÃO JÁ ESTÁ NA COMISSÃO DE ASSUNTOS ECONÔMICOS, QUE AINDA VAI DEFINIR A DATA DA SABATINA E DA ANÁLISE DO NOME PELOS INTEGRANTES DO COLEGIADO. OS DETALHES, COM O REPÓRTER ALEXANDRE CAMPOS:
A análise pelo plenário do Senado da indicação do economista Gabriel Galípolo para ocupar o cargo de presidente do Banco Central por quatro anos já tem data definida: 8 de outubro. O anúncio foi feito pelo presidente da Casa, Rodrigo Pacheco. Para ele, como muitos senadores estão envolvidos nas campanhas relativas às eleições municipais deste ano, a melhor decisão é deixar para depois do primeiro turno a votação da mensagem presidencial com a indicação de Galípolo:
(Rodrigo Pacheco) "E, naturalmente, nesse tempo, terá o Gabriel Galípolo a oportunidade de estar com todos os senadores e senadoras para apresentar o seu pensamento sobre a política monetária, os seus pensamentos para o Banco Central do Brasil"
Para o líder da oposição, senador Marcos Rogério, do PL de Rondônia, o ideal seria decidir a data da votação em Plenário numa reunião com a presença de todos os líderes partidários. De qualquer forma, ele sugeriu deixar para depois do primeiro turno da eleição a primeira etapa desse processo, ou seja, a sabatina e a análise da indicação de Gabriel Galípolo pelos integrantes da Comissão de Assuntos Econômicos, colegiado que, pelo regimento interno, é o competente para avaliar as designações para a direção do Banco Central. Na opinião de Marcos Rogério, com o envolvimento em campanhas eleitorais, muitos senadores não terão tempo de conversar com o indicado sobre o que ele pensa sobre alguns pontos, como a autonomia da instituição:
(sen. Marcos Rogério) "Obviamente, ele vai ter que falar mais com os Senadores que são do outro campo; aquele que é da base, enfim, já o conhece, já tem as suas escolhas. Mas dar a oportunidade de ele ser recebido e ter um diálogo com aqueles que têm preocupações com o que significa essa transição de uma Presidência para outra, porque o mandato do Campos Neto termina no dia 31 de dezembro. Portanto, nós não estamos aqui em uma janela temporal exígua: nós temos tempo razoável para fazer essa sabatina."
Se dependesse do líder do governo, senador Jaques Wagner, do PT da Bahia, a indicação de Gabriel Galípolo seria votada pelo Plenário antes mesmo do primeiro turno. Mesmo reconhecendo não existir resistências à designação feita pelo Planalto, a decisão rápida, na opinião dele, afastaria qualquer dúvida que possa haver em relação ao nome de quem irá conduzir a política monetária brasileira pelos próximos anos:
(sen. Jaques Wagner) "O nome não é um nome - como se diz - tirado de uma cartola, porque já está há um ano como Diretor do Banco Central. Conseguiu construir uma relação inclusive com o atual Presidente, no respeito que ambos merecem"
Gabriel Galípolo é economista e, atualmente, ocupa o cargo de diretor de Política Monetária do Banco Central. De acordo com as regras, a sua indicação para a presidência da instituição precisa do voto favorável da maioria simples dos senadores, presentes ao menos 41 parlamentares na sessão. Da Rádio Senado, Alexandre Campos.