Servidores de universidades pedem reestruturação de carreira e recomposição salarial
A greve dos servidores técnico-administrativos das universidades e institutos federais, iniciada em 11 de março, foi discutida nesta quarta-feira (5) pela Comissão de Educação. Os grevistas reivindicam a reestruturação da carreira e a recomposição salarial e do orçamento da educação superior. O debate foi pedido pelo senador Flávio Arns (PSB-PR).
Transcrição
A GREVE DE PROFISSIONAIS DE UNIVERSIDADES E INSTITUTOS FEDERAIS FOI TEMA DE DEBATE NA COMISSÃO DE EDUCAÇÃO DO SENADO NESTA QUARTA-FEIRA.
OS TRABALHADORES REIVINDICAM REESTRUTURAÇÃO DA CARREIRA E RECOMPOSIÇÃO SALARIAL. A REPORTAGEM É DE LAÍS NOGUEIRA:
A audiência pública foi promovida a pedido do senador Flávio Arns, do PSB do Paraná, presidente da Comissão de Educação; como forma de proporcionar um espaço de diálogo entre o governo e os servidores técnico-administrativos de universidades e institutos federais, em greve desde 11 de março. De acordo com os grevistas, a defasagem salarial e a desatualização dos planos de carreira comprometem a motivação e afetam a qualidade dos serviços prestados. A senadora professora Dorinha Seabra, do União do Tocantins, presidiu o debate e lamentou a desvalorização dos profissionais da educação superior:
(sen. prof. Dorinha Seabra) "Na minha leitura, o funcionamento dos institutos e das Universidades é um conjunto: os trabalhadores e os profissionais da educação, os professores, pesquisadores. Uma carreira que não motiva a permanecer, embora o profissional se atualize, se prepare, é bastante grave para a qualidade do serviço. E, logicamente, pela natureza profissional que precisa ser respeitada."
A tesoureira do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior, Jennifer Webb, acrescentou que os servidores reivindicam, também, a recomposição do orçamento das universidades e institutos federais:
(Jennifer Webb) "Especialmente nos últimos 10 anos e é essa recomposição desse contingenciamento de verbas que nós também temos na nossa pauta nessa categoria, sabe por quê? Porque isso precariza o serviço público que é oferecido nessas instituições e sem servidor público não tem como ter serviço público de qualidade."
O representante do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Mário Barbosa, reconheceu a legitimidade das reivindicações e disse que o governo está em diálogo com as categorias para encontrar soluções viáveis. Sob a supervisão de Marcela Diniz, da Rádio Senado, Laís Nogueira.