Procurador da República destaca o Senado como símbolo da tolerância. — Rádio Senado
Senado 200 Anos

Procurador da República destaca o Senado como símbolo da tolerância.

O procurador-geral da República, Paulo Gonet, disse que a história registra a importância para o sucesso das comunidades políticas de um órgão composto pelas pessoas mais respeitadas e experientes e relembrou que devemos aos romanos a origem do nome Senado para a reunião dos cidadãos mais eminentes da polis. Em sua fala, Gonet fez referência a Machado de Assis para afirmar que o espírito de tolerância do Senado ensina ao país o modo justo de fazer o que é justo.

25/03/2024, 19h04 - ATUALIZADO EM 25/03/2024, 19h04
Duração de áudio: 02:32
Foto: Geraldo Magela/Agência Senado

Transcrição
O PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA, PAULO GONET, DISSE QUE O ESPÍRITO DE TOLERÂNCIA DO SENADO É CRUCIAL PARA O ÊXITO DA POLÍTICA. O FATO DE 13 EX-SENADORES JÁ TEREMM OCUPADO O CARGO DE MINISTRO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL FOI DESTACADO POR GONET. REPÓRTER CESAR MENDES. Em seu discurso na sessão especial para celebrar os 200 anos de criação do Senado, o procurador-geral da república, Paulo Gonet, disse que a história registra a importância para o sucesso das comunidades políticas de um órgão composto pelas pessoas mais experientes e menos influenciadas pelas efervecências dos conflitos momentâneos. E lembrou que devemos aos romanos a origem do nome Senado, que lá reunia os cidadãos mais eminentes da polis. Para Gonet, não foi por acaso que, desde sua concepção como nação independente, nosso país optou por ter também a sua câmara alta. (Paulo Gonet) " Há 200 anos o Senado brasileiro assume tal função e dá mostras do acerto dessa arquitetura institucional". Gonet lembrou, no entanto, que foi apenas a partir da proclamação da República que a representação paritária das unidades da federação foi adotada no Senado brasileiro, segundo ele, para a concretizar a igualdade jurídica dos estados no parlamento. E destacou, entre as atribuições do Senado, a de participar da escolha dos integrantes do Supremo Tribunal Federal, dos tribunais superiores e da Procuradoria Geral da República, além de dar curso aos processos de apuração de responsabilidades relacionados com os mandatos das pessoas que ocupam os mais altos cargos do país. Para Paulo Gonet, a contabilidade dos acertos do Senado no exercício dessas atribuições pode ser medida pela escolha de ex-integrantes do órgão para a presidência da República e o Supremo Tribunal Federal. (Paulo Gonet) "Decerto que haverá de ser correlacionado o prestígio haurido da condição de membro dessa casa à escolha pelo eleitorado, entre antigos senadores, de presidentes da república. Porventura se dará o mesmo com os 13 senadores que dessa condição, transitaram para compor o Supremo Tribunal Federal, o mais recente deles, o admirável ministro Flávio Dino". O procurador da República fez também uma referência a Machado de Assis, para ele o maior de todos os escritores brasileiros, que teria declarado o seu espanto ao ver um senador oposisionista em conversa cordial com um colega da oposição, logo depois de um caloroso discurso na tribuna, em sua obra "O Velho Senado". Uma prova, segundo Gonet, de que o espírito de tolerância do Senado ensina ao país o modo justo de fazer o que é justo. Da Rádio Senado, Cesar Mendes.

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