Escoamento da safra é tema de debate na Comissão de Agricultura — Rádio Senado
Agricultura

Escoamento da safra é tema de debate na Comissão de Agricultura

Nesta quarta-feira (06), a Comissão Agricultura e Reforma Agrária (CRA) fez uma audiência pública sobre os desafios para o escoamento da safra brasileira nos próximos anos. Quem pediu o debate foi o senador Jaime Bagattoli (PL-RO), que defendeu mais investimentos em infraestrutura. Estiveram presentes especialistas representantes do governo e do setor privado de portos. Foram discutidas alternativas para enfrentar os problemas logísticos no transporte de grãos no país.

06/03/2024, 19h31 - ATUALIZADO EM 06/03/2024, 19h31
Duração de áudio: 02:57
sedec.mt.gov.br

Transcrição
O ESCOAMENTO DA SAFRA AGRÍCOLA ENFRENTA DIVERSAS DIFICULDADES NO BRASIL, COMO PROBLEMAS DE LOGÍSTICA E A BAIXA INTEGRAÇÃO MULTIMODAL. ESSE TEMA FOI DEBATIDO NA COMISSÃO DE AGRICULTURA. QUEM ACOMPANHOU FOI A REPÓRTER JÚLIA LOPES. O Brasil, atualmente, é um dos maiores exportadores de carne e grãos do mundo. O bom escoamento da produção depende de soluções logísticas integradas, por meio de ferrovias, portos e rodovias bem estruturadas - condições que, de acordo com os participantes da audiência pública da Comissão de Agricultura do Senado, ainda precisam de maior atenção no Brasil. Os principais problemas apontados foram a má qualidade das rodovias, a oferta insuficiente de ferrovias e hidrovias e a baixa integração multimodal. O vice-presidente do colegiado, Jaime Bagáttoli, do PL de Rondônia, defendeu mais investimentos em infraestrutura:  Jaime Bagattoli: "E os gargalos que nós temos hoje no Brasil sobre o escoamento da produção brasileira. Nós sabemos que o Brasil é o maior exportador de soja do mundo, nós temos o maior rebanho bovino do mundo e nós temos as maiores dificuldades logísticas que um país que não é só um país, é do tamanho de um continente, dizer para vocês que se nós não olharmos profundamente para investirmos em infraestrutura, abraçarmos essa causa." O representante da Agência Nacional de Transportes Aquaviários, Albert Vasconcelos, ressaltou as dificuldades de acesso aos portos. Alber Vasconcelos: "A gente tem que olhar também, ter essa visão para lá, porque a logística não significa simplesmente o porto. Mas eu tenho que chegar até o porto, então tem que ter os acessos. E não é só o rodoviário e o ferroviário, não. É o acesso aquaviário. Se você pegar os grandes países, os desenvolvidos, a matriz é basicamente 30-30-30. Então você tem 30% na rodovia, 30% na ferrovia e 30% nas hidrovias. Hoje aqui no Brasil, eu tenho hoje uma... na parte hidroviária, ele não ultrapassa 10%." Um dos exemplos de eixo de transporte multimodal lembrados durante o debate foi o Arco Norte, responsável pelo escoamento de cargas e insumos pelos portos ao norte do Brasil, acima do paralelo 16. O representante do Ministério dos Transportes, Fabrício Galvão, apresentou as perspectivas da pasta para os investimentos e melhorias nas rotas de escoamento de produção em 2024: Como perspectivas para 2024, nós queremos investir o que já investimos no Arco Norte de 2 Bi para 2.66 e no Arco Sul-Sudeste de 1.5 Bi que já investimos em 23 para 2,05 Bi. Queremos viabilizar licenciamentos, 60 obras estruturantes que nós queremos fazer entregas ou ordens de serviço. Segundo a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil, 71% das produções de soja e milho se concentram nas regiões Centro-Oeste, Norte e Nordeste; e 63% das exportações desses grãos acontecem via portos localizados no sul e sudeste do país. Sob a supervisão de Marcela Diniz, da Rádio Senado, Júlia Lopes. 

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