CPI da Braskem vai ouvir especialistas e representantes da ANM e CPRM — Rádio Senado
CPI da Braskem

CPI da Braskem vai ouvir especialistas e representantes da ANM e CPRM

A CPI da Braskem dá início nesta semana à oitiva das nove testemunhas convocadas. Nesta terça-feira, prestam depoimento os professores da Universidade Federal de Alagoas, Abel Marques e Natallya Levino, além do doutor e ativista em ecologia e pós-doutor em meio ambiente, e vítima do esvaziamento dos bairros atingidos pela mineração, José Marques. Na quarta-feira, serão ouvidos o servidor aposentado da Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais (CPRM), Thales Sampaio, e o diretor-geral da Agência Nacional de Mineração, Mauro Henrique Sousa. O relator da CPI da Braskem, Rogério Carvalho (PT-SE), antecipou que os especialistas vão fornecer dados que explicam o afundamento do solo. Já o senador Rodrigo Cunha (Podemos-AL) afirmou que os representantes da ANM e CPRM vão ajudar a esclarecer sobre a omissão e negligência das autoridades públicas. Os depoimentos começam às 9 horas da manhã.

04/03/2024, 09h22 - ATUALIZADO EM 04/03/2024, 09h24
Duração de áudio: 02:56
Geraldo Magela/Agência Senado

Transcrição
A CPI DA BRASKEM VAI OUVIR NA TERÇA-FEIRA PROFESSORES DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS E NA QUARTA-FEIRA, EX-SERVIDOR DA COMPANHIA DE PESQUISA DE RECURSOS MINERAIS E DA AGÊNCIA NACIONAL DE MINERAÇÃO. OS SENADORES AVALIAM QUE AS INFORMAÇÕES TÉCNICAS VÃO AUXILIAR A COMISSÃO NAS CONCLUSÕES TÉCNICAS E NA RESPONSABILIZAÇÃO DAS AUTORIDADES OMISSAS E CONIVENTES. REPÓRTER HÉRICA CHRISTIAN. Os integrantes da CPI da Braskem iniciam nesta semana a tomada de depoimentos das nove testemunhas convocadas. Nesta terça-feira, serão ouvidos três especialistas que acompanham as consequências da exploração de sal-gema no subsolo do município de Maceió e região adjacente nesses últimos quarenta anos. São eles o engenheiro civil, geotécnico, professor aposentado da Universidade Federal de Alagoas, Abel Galindo Marques; do doutor e ativista em ecologia e pós-doutor em meio ambiente, além de vítima do esvaziamento dos bairros atingidos pela mineração, José Geraldo Marques; e da professora da Universidade Federal de Alagoas, doutora Natallya de Almeida Levino. Na quarta-feira, será a vez do servidor aposentado da Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais (CPRM), Thales Sampaio, e do diretor-geral da Agência Nacional de Mineração - ANM, Mauro Henrique Moreira Sousa. O relator da CPI da Braskem, senador Rogério Carvalho, do PT de Sergipe, destacou a importância da oitiva dos especialistas.  Nós teremos representantes das universidades, que são professores e que devem dar a sua contribuição para explicar com mais detalhes e detalhes técnicos do problem. Isso na terça e na quarta, nós teremos aqui representantes de órgãos que fizeram estudos e da Agência Nacional de Mineração, no momento do ocorrido ele estava à frente da agência.  O senador Rodrigo Cunha, do Podemos de Alagoas, afirmou que os especialistas que serão ouvidos nesta semana vão contribuir para ajudar a CPI a chegar às autoridades omissas ou coniventes com o que chamou de exploração predatória de sal-gema, que provocou a interdição e esvaziamento de cinco bairros em Maceió e que causou danos em outros ainda não reconhecidos oficialmente. Nós já conseguimos através do Senado Federal em outro momento identificar e apresentar um relatório que determinou a responsabilidade de quem fez toda essa exploração e causou prejuízo de rachaduras nas ruas, nas casas e no coração das pessoas. Mas falta também olhar para quem foi omisso, para que tinha o dever de fiscalização e não fiscalizou, para quem concedeu licenças, autorizações, permissões para explorar durante todo esse período ele não vistoriou.  O senador Alessandro Vieira, do MDB de Sergipe, foi designado pelo partido para substituir o senador Renan Calheiros, do MDB de Alagoas, que teve a iniciativa de coletar as assinaturas para a criação da CPI, mas que deixou o colegiado por não ter sido nomeado o relator. Ele argumentou que teria condições de atuar de forma isenta e com o propósito de garantir as devidas reparações às 60 mil vítimas, que abandonaram suas casas em função das consequências da exploração de sal-gema em Maceió. Da Rádio Senado, Hérica Christian. 

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