Instituição Fiscal Independente aumenta projeção do PIB para 1,6%, em 2024
A Instituição Fiscal Independente do Senado (IFI) publicou o Relatório de Acompanhamento Fiscal para o mês de fevereiro. A entidade aumentou de 1,2% para 1,6% a projeção de crescimento econômico para 2024. A revisão se deu em virtude, principalmente, do pagamento do precatórios e da melhoria do cenário externo. Além disso, a projeção da inflação fechou em 3,9% e as novas receitas do governo em R$ 130,4 bilhões, abaixo do esperado pelo Poder Executivo. O relatório completo está disponível em www.senado.leg.br/ifi
Transcrição
A INSTITUIÇÃO FISCAL INDEPENDENTE DO SENADO PUBLICOU RELATÓRIO DE FEVEREIRO COM AS PRINCIPAIS PROJEÇÕES DA ECONOMIA BRASILEIRA.
SEGUNDO AS ESTIMATIVAS, O CRESCIMENTO ECONÔMICO SUBIU PARA 1,6% DEVIDO AO PAGAMENTO DOS PRECATÓRIOS E A MELHORA DO CENÁRIO EXTERNO. REPÓRTE LUIZ FELIPE LIAZIBRA.
O relatório mensal de acompanhamento econômico da Instituição Fiscal Independente do Senado, a IFI, revisou o crescimento do PIB de 1,2% para 1,6%. A melhora do índice reflete o impacto positivo do pagamento dos precatórios e uma perspectiva mais favorável para a economia global. A IFI também manteve a projeção da inflação em 3,9% para 2024, dentro da margem de tolerância da meta inflacionária traçada pelo Conselho Monetário Nacional. Sobre a correção da curva do PIB, o diretor da entidade, Marcus Pestana, explica que organismos internacionais também têm ajustado as projeções.
"Outros organismos internacionais e analistas de mercado estão também corrigindo a curva em direção a alguma coisa em torno de 2%. A IF crava hoje, com as condições de hoje, uma projeção de 1.6%. Ainda assim, o desemprego permanece em um patamar, comparado historicamente com o comportamento do mercado de trabalho no Brasil, em um patamar bastante baixo."
Em relação as contas públicas, a IFI projeta um deficit de 0,9% do PIB. Isso porque a receita de R$ 130 bilhões oriundas do pacote do Ministério da Fazenda para atingir o deficit zero está abaixo do R$ 274 bi esperados pelo Poder Executivo. Pestana esclarece que quando o governo gasta mais do que arrecada, os juros e a inflação aumentam.
"Quando o governo pega o dinheiro emprestado, ele pressiona os juros. E quando você gasta mais, numa situação de pleno emprego, com a economia, como eu disse, o mercado de trabalho indica isso, uma situação onde qualquer aumento de renda e de consumo que o déficit proporciona provoca inflação. Então, são duas coisas que o déficit provoca: inflação e os juros altos que provoca desaceleração da economia."
Para consultar o relatório econômico completo acesse www.senado.leg.br/ifi. Sob a supervisão de Pedro Pincer, da Rádio Senado, Luiz Felipe Liazibra.