Senado realiza sessão temática sobre o conflito Israel x Hamas
O Plenário do Senado realizou sessão temática para debater o conflito Israel x Hamas, resultado da reação israelense após sofrer um ataque de terroristas no dia 7 de outubro. Os terroristas romperam o bloqueio imposto na faixa de Gaza e mataram e sequestraram civis. O ressurgimento do antisemitismo diante da reação de Israel ao ataque foi apontado no debate. A Faixa de Gaza vem sendo atacada por Israel com registros de mais de 12 mil mortos, 11 mil deles palestinos.
Transcrição
O PLENÁRIO DO SENADO DISCUTIU EM SESSÃO TEMÁTICA O CONFLITO ENTRE ISRAEL E O GRUPO TERRORISTA HAMAS.
A EMERGÊNCIA DO ANTISEMITISMO APÓS A REAÇÃO DE ISRAEL AO ATAQUE TERRORISTA QUE DEU ORIGEM AO CONFLITO FOI DESTACADA. REPÓRTER CESAR MENDES.
Na manhã do dia 7 de outubro deste ano, 1.500 integrantes do grupo terrorista palestino Hamas romperam o bloqueio imposto por Israel à Faixa de Gaza para realizarem um massacre de civis e o sequestro de mais de duas centenas de reféns israelenses, incluindo bebês e idosos. As cenas dos atos terroristas chocaram o mundo e Israel reagiu. O resultado é uma guerra que já dura dois meses, com o registro de mais de 12 mil mortos, a maioria deles, cerca de 11 mil, palestinos. Na sessão temática realizada pelo Senado para discutir o conflito, o ressurgimento do antisemitismo após a reação de Israel ao ataque terrorista foi destacado pelo presidente da Confederação Israelita do Brasil, Cláudio Lottenberg.
'' Foi o pior e mais bárbaro ataque contra o povo judeu desde o holocausto, mas aí surgiu o inesperado: fatos se apagam e o discurso de ódio começa a emergir, reféns são esquecidos senador, falas ou citações equivocadas, distorções da realidade e o retrato está aí: O número de denúncias, de atos e manifestações anti-semitas aumentou em mil por cento comparando-se os períodos entre 2022 e 2023.''
O embaixador de Israel no Brasil, Daniel Zohar, explicou que a reação de seu país é contra os terroristas do Hamas e não contra o povo palestino.
'' O Hamas opera a partir do meio da população civil. Ele construiu um sistema de túneis dentro do território controlado, uma verdadeira cidade subterrânea. Seus foguetes são disparados bem próximos de hospitais, mesquitas e escolas. O Estado de Israel tenta evitar prejudicar a população civil, mas tendo em vista o método de operação do Hamas, se faz difícil distinguir a população civil e integrantes do grupo terrorista''.
Na opinião do senador Sergio Moro, do União do Paraná, não há justificativa para o ataque do Hamas à população civil israelense.
'' Temos que ter a clareza moral de que Israel tem o direito de se defender e de buscar recuperar esses reféns. E que é também um objetivo legítimo de Israel destruir esse grupo terrorista.''
Autor do requerimento, Jorge Seiff, do PL de Santa Catarina, defendeu a importância de trazer esse debate para o Plenário.
'' Qual é a mensagem que, ao propor e aprovar essa sessão de debates temáticos, qual é a mensagem que nós queremos dar para Israel, para o Brasil e para todas as nações que aqui se fazem presentes através de seus representantes? O Senado Federal Brasileiro está solidário às questões humanitárias de Israel e também dos civis da Palestina, que estão sofrendo com todos esses problemas.''
Jorge Seiff disse ainda que o mundo jamais esquecerá as imagens das ações brutais do grupo terrorista Hamas no Sul de Israel, no dia 7 de outubro deste ano. Da Rádio Senado, Cesar Mendes.