Comissão discute impacto da inteligência artificial nos cibercrimes

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O IMPACTO DA INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL NOS CIBERCRIMES FOI TEMA DE DEBATE NO SENADO. ESPECIALISTAS DESTACARAM QUE O AVANÇO DA TECNOLOGIA TORNA MAIS DIFÍCIL A PUNIÇÃO AOS CRIMINOSOS. REPÓRTER: LUANA VIANA No debate da Comissão sobre Inteligência Artificial, o diretor da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo, Rony Vainzof, citou dados da Agência da União Europeia para a Cooperação Policial, Europol, segundo os quais até 2026, 90% dos conteúdos produzidos virtualmente serão feitos por máquinas. Vainzof ressaltou que o avanço do uso da Inteligência Artificial e o aumento do uso da deep fake, tecnologia que cria com perfeição imagens e vídeos com informações falsas, tornarão mais desafiador o combate às fake news. A gente está lidando aqui com uma perspectiva de apocalipse da informação, não é? Se a gente já lida com a temeridade de guerra de narrativas, da discussão sobre fake news, a gente tem o âmbito da deep fake, trazendo um desafio ainda maior. A assessora-chefe de proteção de dados e privacidade do Ministério Público Militar, Roberta Rodrigues, destacou que o avanço do uso da inteligência artificial na execução de cibercrimes dificulta a descoberta dos criminosos, pois eles estão constantemente criando novas formas de driblar as ferramentas legais de controle e investigação.  Qual a dificuldade da persecução penal na criminalidade? Eles podem desenvolver uma inteligência artificial própria que não passe pelas pelas formalidades, por exemplo, que a nossa regulamentação traz.  Especialistas ouvidos na Comissão destacaram, ainda, a preocupação com o aumento dos crimes de plágio, a partir do uso de conteúdos criados por inteligência artificial baseados em obras com direitos reservados. Sob a supervisão de Marcela Diniz, da Rádio Senado, Luana Viana.