Conselho discute impacto da Inteligência Artificial na Comunicação Social — Rádio Senado
Tecnologia

Conselho discute impacto da Inteligência Artificial na Comunicação Social

O Conselho Nacional de Comunicação Social discutiu nesta segunda-feira os impactos do uso da Inteligência Artificial na atualidade e a necessidade da criação de uma legislação específica para assegurar a produção comunicacional autoral.

02/10/2023, 18h11 - ATUALIZADO EM 02/10/2023, 18h16
Duração de áudio: 01:58
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Transcrição
O CONSELHO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL DISCUTIU EM AUDIÊNCIA PÚBLICA O IMAPCTO DA INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL NA COMUNICAÇÃO SOCIAL. ESPECIALISTAS APONTARAM A FALTA DE LEGISLAÇÃO SOBRE O USO DA INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL NO BRASIL E AS INSEGURANÇAS GERADAS PELA AUSÊNCIA DE REGRAS. REPÓRTER LUANA VIANA. A representante do Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária, Andressa Bizutti, destacou que a ausência de regulmentação do uso da inteligência artificial no Brasil gera insegurança júridica para os produtores de textos escritos, podendo ser literários ou factuais. A consultora ainda relembrou que o Senado analisa um projeto de lei que pretende construir uma regulamentação dessa ferramenta, mais voltada para o uso em pesquisas, do que para regulamentar como forma produção cultural e autoral.  No mínimo, a gente tem insegurança jurídica sobre esse tema, tanto é que o PL de inteligência artificial que está sendo discutido aqui no Senado traz uma exceção para esse tipo de treinamento, mas a gente se aproxima um pouco mais na Europa, a nossa proposta aqui brasileira, coloca que só não será constituída ofensas aos direitos autorais nas atividades feitas por organização de instituição de pesquisa, jornalismo, museus, entre outras. Então, a gente está muito mais focado em autorizar isso para fim de pesquisa, não de uma forma ampla, como aconteceu no Japão ou como pode acontecer nos Estados Unidos. A CEO da Associação Brasileira de Anunciantes, Sandra Martinelli, defendeu que a inteligência artificial deve sim ser regulamentada, mas não pode ser compreendida como um inimigo. Ela acredita que da mesma forma que a internet causou medo nas pessoas quando surgiu, a inteligência artificial terá o mesmo destino.  Mas na verdade, todos nós aqui somos aprendizes da inteligência artificial. Assim como há mais de 20 anos atrás, fomos aprendizes da internet, do mundo digital. Então, inteligência artificial veio para ficar. Ela não está competindo, na nossa opinião, com seres humanos. Os seres humanos têm a possibilidade de colocá-la a seu serviço, como por exemplo, o jornalismo aqui citado. Os especialistas defenderam uma legislação mais rigorosa para o uso da Inteligência Artificial no Brasil. Segundo eles, há a necessidade de estudos mais detalhados para a implementação da inteligência artificial de forma que seu uso traga benefícios à sociedade. Sob a supervisão de Maurício de Santi, da Rádio Senado, Luana Viana.

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