CPMI do 8 de Janeiro deve votar quebra de sigilos de Carla Zambelli e reconvocação de Mauro Cid — Rádio Senado
CPMI do 8 de Janeiro

CPMI do 8 de Janeiro deve votar quebra de sigilos de Carla Zambelli e reconvocação de Mauro Cid

Na pauta da reunião desta quinta-feira da CPMI do 8 de Janeiro estão 57 requerimentos. Entre eles, o de reconvocação do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid, e de quebras de sigilos telemático e fiscal da deputada Carla Zambelli (PL-SP), do marido, Antonio Aginaldom, e do irmão dela, Bruno Zambelli, assim como os Relatórios de Inteligência Fiscal dos dois e de outras 14 pessoas e empresas. A relatora, Eliziane Gama (PSD-MA), justificou os pedidos ao afirmar que eles foram citados no depoimento do hacker Walter Delgatti Neto. A oposição pediu a quebra dos sigilos bancário e fiscal do hacker. O senador Marcos Rogério (PL-RO) reafirmou que os governistas estão desviando o foco das investigações e cobrou o depoimento do ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional de Lula, general G. Dias, que, segundo o presidente da CPMI, deputado Arthur Maia (União -BA), ocorrerá no dia 30. Nesta quinta-feira, prestará depoimento o sargento Luis Marcos dos Reis, que trabalhou com Mauro Cid.

23/08/2023, 13h46 - ATUALIZADO EM 23/08/2023, 14h16
Duração de áudio: 03:06
Geraldo Magela/Agência Senado

Transcrição
INTEGRANTES DA CPMI DO 8 DE JANEIRO DEVEM VOTAR HOJE MAIS DE CINQUENTA REQUERIMENTOS. ENTRE ELES OS DE QUEBRAS DE SIGILOS DA DEPUTADA CARLA ZAMBELLI E A RECONVOCAÇÃO DO EX-AJUDANTE DE ORDENS DE BOLSONARO.  REPÓRTER HÉRICA CHRISTIAN. Diante da falta de acordo, o presidente da CPMI do 8 de Janeiro, deputado Arthur Maia, do União da Bahia, decidiu colocar em votação 57 requerimentos, a maioria da base aliada, na reunião desta quinta-feira. Entre eles estão a reconvocação do ex-ajudante de ordens, Mauro Cid, e os de convocação de Osmar Crivelatti, que trabalhou com Mauro Cid e de policiais militares do Distrito Federal. Dentre os nove pedidos de quebra dos sigilos bancário e fiscal está um da oposição referente ao hacker Walter Delgatti Neto. A pedido da relatora, senadora Eliziane Gama, do PSD do Maranhão, serão votados os requerimentos paraa  quebra dos sigilos telemático e telefônico da deputada federal Carla Zambelli; do irmão dela Bruno Zambelli e do marido dela, Antonio Aginaldo, assim como os Relatórios de Inteligência Fiscal dos dois e de outras 14 pessoas e empresas. O ponto central na verdade são essas quebras: quebra telemática, quebra de sigilo bancário, RIFs que nós estamos apresentando. E essas pessoas que estão no entorno na verdade do Mauro Cid são as pessoas que têm o poder, digamos assim, muito amplo no que se refere à questão da formação de opinião e no resultado de uma posição ou não do que nós acompanhamos nos últimos meses no Brasil, sobretudo, dezembro e janeiro que foi o ato do 8 de janeiro. A oposição questiona as investigações envolvendo a deputada federal Carla Zambelli. O senador Marcos Rogério, do PL de Rondônia, voltou a declarar que a CPMI precisa ouvir integrantes do governo sobre a suposta omissão no dia dos ataques. A nossa prioridade hoje é ouvir G. Dias. A oposição quer ouvir o general G. Dias, porque ele tem muito a dizer, inclusive, tem muito a revelar. Certamente que alguém que estarta a Abin para dizer que tem um problema para acontecer, tem uma invasão para acontecer e depois se omite, silencia, não fez isso por conta própria. Recebeu alguma orientação, recebeu alguma ordem, então, ele tem muito a dizer no âmbito da CPI. E também em relação ao comandante da Força Nacional é o nosso interesse ouvi-lo. O depoimento do ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional de Lula, general G. Dias, está marcado para a próxima quinta-feira.  Logo após a votação dos requerimentos, os integrantes da CPMI vão ouvir nesta quinta-feira o sargento Luis Marcos dos Reis, que também atuou na ajudância de ordens de Bolsonaro. O militar, que está preso desde maio por suposta fraude no cartão de vacina do ex-presidente, teria movimentado mais de R$ 3 milhões no período de junho de 2021 a agosto de 2023. Também teria participado dos ataques do dia 8 de Janeiro. Luis Marcos dos Reis conseguiu no Supremo Tribunal Federal o direito de permanecer em silêncio. Da Rádio Senado, Hérica Christian.  

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