Aldo Rebelo critica atuação de ONGs na região da Amazônia em CPI — Rádio Senado
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Aldo Rebelo critica atuação de ONGs na região da Amazônia em CPI

Na reunião desta terça-feira (11) da comissão parlamentar de inquérito que investiga atividades de organizações não governamentais financiadas com dinheiro público na região da Amazônia, os senadores ouviram o ex-deputado federal e ex-ministro Aldo Rebelo, que falou na condição de convidado. A oitiva atendeu a dois requerimentos apresentados pelos senadores Marcio Bittar (União-AC), relator da CPI, e Nelsinho Trad (PSD-MS). Aldo criticou a atuação das ONGs e afirmou que o Fundo Amazônia deve ser repassado apenas para instituições públicas.

11/07/2023, 17h30 - ATUALIZADO EM 11/07/2023, 17h30
Duração de áudio: 02:27
Foto: Pedro França/Agência Senado

Transcrição
A CPI DAS ONGS OUVIU O EX-DEPUTADO FEDERAL E EX-MINISTRO ALDO REBELO. REBELO CRITICOU A ATUAÇÃO DAS ONGS NA AMAZÔNIA E SUGERIU ALTERAÇÕES DE LEIS PARA LIMITAR A ATUAÇÃO DESSAS ORGANIZAÇÕES NÃO GOVERNAMENTAIS NA REGIÃO. REPÓRTER BIANCA MINGOTE. A comissão parlamentar de inquérito destinada a investigar as atividades de organizações não governamentais financiadas com dinheiro público na região da Amazônia, CPI das ONGs, ouviu o ex-deputado federal e ex-ministro Aldo Rebelo que falou na condição de convidado. A oitiva atendeu a dois requerimentos apresentados pelos senadores Márcio Bittar, do União do Acre, relator da CPI, e do senador Nelsinho Trad, do PSD do Mato Grosso do Sul. Os parlamentares argumentaram no convite que consideram fundamental o depoimento de Rebelo, já que ele exerceu importantes cargos e tem conhecimento e experiência em assuntos relacionados ao meio ambiente, além de ter sido relator do Código Florestal. Aldo Rebelo compartilhou sua experiência de 40 anos em território amazonense em diversas visitas à região. Inclusive, recentemente, Rebelo passou quatro meses na Amazônia para escrever um livro. Ele afirmou que hoje a Amazônia convive com três Estados paralelos, o oficial, que segundo ele é o das prefeituras, agências e órgãos do governo. Já o segundo consiste no narcotráfico e no crime organizado. O terceiro seria o das ONGs, o qual Rebelo avaliou como o mais poderoso e importante, pois opera com ajuda do Estado. Segundo ele, as organizações utilizam recursos do Fundo Amazônia apenas para o cumprimento de interesses de agenda internacional, deixando de lado áreas importantes para o bem-estar da população como saúde e saneamento básico.  E o outro que é o mais importante, o mais forte, o mais dominador que é o estado paralelo das ONGs. Governando a Amazônia de fato e governando com o auxílio do estado formal brasileiro com auxílio do Ministério Público Federal, da Polícia Federal, do IBAMA, da FUNAI, desse ministério que criaram agora, das populações ou dos povos indígenas esse consórcio de agências do estado brasileiro a serviço desses interesses. Aldo Rebelo sugeriu que o Fundo Amazônia seja atualizado a fim de que os recursos sejam apenas destinados aos órgão públicos e que as ONGs não tenham mais acesso. Para ele, a CPI das ONGs têm papel fundamental para alterar as normas e conseguir limitar o papel das ONGs na região da Amazônia. Sob a supervisão de Rodrigo Resende, da Rádio Senado, Bianca Mingote.

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