Decretado fim da emergência sanitária global de Covid-19
O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS) da ONU, Tedros Adhanom, declarou o fim da COVID-19 como uma Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional (ESPII). O anúncio acontece após pouco mais de três anos do início da emergência sanitária global. Porém, o chefe da OMS destacou que isso não significa que a Covid-19 acabou como uma ameaça à saúde global.
Transcrição
O DIRETOR-GERAL DA OMS, TEDROS ADHANOM, DECLAROU O FIM DA COVID-19 COMO UMA EMERGÊNCIA DE SAÚDE PÚBLICA DE IMPORTÂNCIA INTERNACIONAL.
SEGUNDO TEDROS, ISSO NÃO SIGNIFICA QUE A COVID-19 ACABOU COMO UMA AMEAÇA À SAÚDE GLOBAL. REPÓRTER BIANCA MINGOTE.
It is therefore with great hope that I declare COVID-19 over as a global health emergency. However, that does not mean COVID-19 is over as a health threat. [É, portanto, com grande esperança que declaro o fim do COVID-19 como uma emergência de saúde global. No entanto, isso não significa que o COVID-19 acabou como uma ameaça à saúde.]
Tedros Adhanom, diretor-geral da Organização Mundial da Saúde, a OMS, anunciou que a Covid-19 não é mais uma Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional. O título ocupa o mais alto nível de alerta da organização e havia sido declarado no final de janeiro de 2020 em decorrência do surto do novo coronavírus. Apesar da boa notícia para o mundo, Tedros Adhanom alertou que a ação não significa que a Covid teve fim como uma ameaça à saúde global. Ele disse ainda que na semana que antecedeu o anúncio, a Covid matou uma pessoa a cada três minutos, sendo essas apenas as mortes conhecidas. Em pronunciamento em rede nacional, Nísia Trindade, ministra da Saúde, disse que o momento indica uma transição do modo de emergência para a continuação do enfrentamento à doença por meio da prevenção e controle. A ministra destacou que as infecções pelo vírus da Covid vão continuar, mas ressaltou a importância do fortalecimento da vigilância sanitária e da vacinação para salvar vidas:
Nosso país recebe essa notícia com esperança. Ainda vamos conviver com a Covid-19, que continua evoluindo e sofrendo mutações, mas temos há mais de um ano a predominância em todo o mundo da variante ômicron e suas sublinhagens sem o agravamento do quadro sanitário. Temos uma redução progressiva do número de hospitalizações e óbitos resultados da proteção da população pelas vacinas.
Nísia Trindade fez ainda um alerta de necessidade de intensificação da vacinação no Brasil e chamou atenção para a campanha em curso para aplicação da dose de reforço bivalente contra a Covid-19. Para tomar a dose é necessário ter completado o ciclo vacinal, respeitando um intervalo de quatro meses da última dose recebida. Sob a supervisão de Rodrigo Resende, da Rádio Senado, Bianca Mingote.