Senado aprova inclusão da Irmã Dulce no Livros dos Heróis e Heroínas da Pátria
O Senado aprovou a inclusão do nome de Maria Rita de Souza Brito Lopes Pontes, a Irmã Dulce, canonizada na Igreja Católica como Santa Dulce dos Pobres, no Livro dos Heróis e Heroínas da Pátria. Irmã Dulce nasceu em 1914 em Salvador e desde muito jovem demonstrou empatia e solidariedade incomuns para com as pessoas mais pobres. O texto segue para sanção presidencial.
Transcrição
O SENADO APROVOU A INSCRIÇÃO DA IRMÃ DULCE NO LIVRO DOS HERÓIS E HEROÍNAS DA PÁTRIA
A RELIGIOSA BAIANA FOI CANONIZADA PELA IGREJA CATÓLICA EM OUTUBRO DE 2019. REPÓRTER PEDRO PINCER
O Senado aprovou nesta quarta-feira a inclusão do nome de Maria Rita de Souza Brito Lopes Pontes, a Irmã Dulce, canonizada na Igreja Católica como Santa Dulce dos Pobres, no Livro dos Heróis e Heroínas da Pátria. Irmã Dulce nasceu em 1914 em Salvador e desde muito jovem demonstrou empatia e solidariedade incomuns para com as pessoas mais pobres. Aos 13 anos, com o apoio do pai, começou a acolher mendigos e doentes em casa, transformando a residência da família num centro de atendimento à população carente. Foi nessa época, também, que começou a se dedicar à vida religiosa.
Após formar-se professora, entrou para a Congregação das Irmãs Missionárias da Imaculada Conceição da Mãe de Deus, em São Cristóvão, em Sergipe. Aos 19 anos, recebeu o hábito de freira e adotou, em homenagem à sua mãe, o nome de Irmã Dulce.
O Anjo Bom da Bahia, como era conhecida, fundou em 1949 um albergue improvisado em um galinheiro ao lado do Convento Santo Antônio, em Salvador. O local deu origem ao hospital Santo Antônio, hoje o maior hospital da Bahia. Dez anos depois, foi instalada oficialmente a Associação Obras Sociais Irmã Dulce e, no ano seguinte, inaugurado o Albergue Santo Antônio. Ao ler o relatório do senador Styvenson Valentim, do Podemos potiguar, na Comissão de Educação, Cultura e Esporte, o senador Astronauta Marcos Pontes, do PL de São Paulo, destacou a atuação heroica da primeira santa brasileira.
Irmã Dulce trabalhou incansavelmente, até o fim de sua vida, junto às pessoas mais necessitadas da comunidade. Morreu aos 77 anos de idade, tendo deixado um grande legado para cidade, para o estado da Bahia e para o nosso país. E por sua dedicação aos pobres, necessitados e excluídos e por seu exemplo de caridade e desprendimento que acreditamos ser justa a inclusão da Irmã Dulce no Livro dos Heróis e Heroínas da Pátria.
O presidente da Comissão de Educação, senador Flávio Arns, do PSB do Paraná, disse que o exemplo de Irmã Dulce deve inspirar a todos.
Eu acho que o mundo precisa de muitas santas dulces dos pobres para ser um mundo melhor também. Então, nada mais justo do que ela estar no Livro dos Heróis e Heroínas da Pátria para que o povo possa ter nela uma referência do que o mundo pode ser.
O Livro dos Heróis e Heroínas da Pátria está no Panteão da Liberdade e da Democracia Tancredo Neves, que fica na Praça dos Três Poderes, em Brasília. O texto segue agora para a sanção do presidente Lula. Da Rádio Senado, Pedro Pincer