CPMI aguarda indicação de integrantes e trabalhos podem começar nos próximos dias — Rádio Senado
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CPMI aguarda indicação de integrantes e trabalhos podem começar nos próximos dias

O presidente do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco, leu o requerimento de criação da CPMI dos Atos Antidemocráticos. Caberá aos líderes dos blocos partidários indicarem os 16 deputados, 16 senadores e igual número de suplentes para que a comissão seja instalada. O líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), negou qualquer receio com as investigações após a divulgação de imagens do ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional, general Gonçalves. Dias, conversando com os invasores. Ele destacou que a CPMI vai revelar os organizadores e financiadores da tentativa de golpe. Já o líder da oposição, senador Rogério Marinho (PL-RN), declarou que a CPMI vai mostrar a omissão do próprio governo que teria ignorado os relatórios de inteligência sobre a ocorrência das depredações.

26/04/2023, 18h17 - ATUALIZADO EM 26/04/2023, 18h17
Duração de áudio: 02:40
Foto: Joedson Alves/Agencia Brasil

Transcrição
COM A LEITURA DO REQUERIMENTO DE CRIAÇÃO DA CPMI DOS ATOS ANTIDEMOCRÁTICOS, BLOCOS PARTIDÁRIOS DEVERÃO INDICAR OS 32 INTEGRANTES. AS NEGOCIAÇÕES SE DARÃO PARA A DEFINIÇÃO DA PRESIDÊNCIA E DA RELATORIA, QUE SERÃO OCUPADAS POR UM DEPUTADO E UM SENADOR. REPÓRTER HÉRICA CHRISTIAN. De autoria do deputado federal André Fernandes, do PL do Ceará, a CPMI dos Atos Antidemocráticos terá o objetivo de investigar a atuação de extremistas e infiltrados nos ataques à sede dos Três Poderes em Brasília no dia 8 de janeiro, assim como quem os planejou, executou e se omitiu. Com a leitura do requerimento em sessão no Congresso Nacional, caberá aos blocos partidários indicarem os 16 deputados, 16 senadores e igual número de suplentes para que a comissão possa de fato ser instalada. O líder do governo no Senado, Jaques Wagner, do PT da Bahia, disse que o trabalho da CPMI vai se basear nas investigações em andamento da Polícia Federal, Ministério Público Federal e Supremo Tribunal Federal. Ele negou qualquer receio do Palácio do Planalto com essa Comissão Parlamentar de Inquérito, apesar da demissão do ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional, general Gonçalves Dias, que aparece em imagens conversando com os invasores. O governo não tem porque temer nada dessa CPMI. A CPMI é para investigar atos de barbárie, atos terroristas, como queiram chamar. Todo mundo sabe quem fez, quem financiou, quem incentivou. Essas pessoas é que devem estar preocupadas. Não tem ato nenhum do governo que está sendo investigado. “Ah! Porque eles facilitaram”. Nós tomamos posse do dia primeiro de janeiro, tivemos cinco dias úteis e não deu para mudar as equipes. Se alguém facilitou, a gente vai saber. O líder da oposição, senador Rogério Marinho, do PL do Rio Grande do Norte, questiona as vagas a serem ocupadas pela oposição. Ele considera que a CPMI vai revelar a omissão do governo, que, segundo ele, não impediu os ataques, apesar dos avisos dos órgãos de inteligência. Vamos buscar que haja uma investigação isenta, imparcial em que todos os envolvidos sejam investigados, que os fatos sejam colhidos e que a sociedade possa, enfim, conhecer o que aconteceu realmente. Todos nós sabemos que houve uma invasão ao Supremo Tribunal Federal, ao Palácio Presidencial, ao Congresso Nacional: Senado e Câmara. Isso é um fato. Mas há aqueles que incitaram, aqueles que financiaram, mas há aqueles também que se omitiram.  Então, é necessário que nós temos essas informações. É o que nós vamos buscar. A CPMI dos Atos Antidemocráticos deverá ser instalada nos próximos dias com a eleição do presidente e escolha do relator. Pelo requerimento, os deputados e senadores terão o prazo de 180 dias para apresentarem as conclusões. Da Rádio Senado, Hérica Christian.

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