Comissão de Direitos Humanos debate o futuro de jovens e adolescentes no Brasil — Rádio Senado
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Comissão de Direitos Humanos debate o futuro de jovens e adolescentes no Brasil

A Comissão de Direitos Humanos debateu em audiência pública o futuro dos adolescentes e jovens do Brasil. A reunião contou com a participação de jovens quilombolas, indigenas, mulheres, transexuais e representantes do UNICEF para discutir assuntos como saúde, educação, trabalho e bem-estar.

18/04/2023, 17h13 - ATUALIZADO EM 18/04/2023, 18h36
Duração de áudio: 02:53
Pedro França/Agência Senado

Transcrição
A COMISSÃO DE DIREITOS HUMANOS DEBATEU, EM AUDIÊNCIA PÚBLICA, O FUTURO DOS JOVENS E ADOLESCENTES NO BRASIL. MUITOS TEMAS DISCUTIDOS NA AUDIÊNCIA PÚBLICA JÁ HAVIAM SIDO DISCUTIDOS DURANTE O ENCONTRO NACIONAL REIMAGINANDO FUTUROS DO UNICEF BRASIL. REPÓRTER CAROL TEIXEIRA. Saúde, educação, trabalho, segurança e bem-estar social de jovens e adolescentes do Brasil foram discutidos em audiência pública da Comissão de Direitos Humanos. A reunião contou com a presença de adolescentes, jovens e representantes do Unicef para expor problemas atuais e pertinentes sobre essa geração. O chefe da área de Desenvolvimento e Participação de Adolescentes e Jovens do UNICEF no Brasil, Mário Volpi, destacou a nova abordagem da ONU para tratar do futuro dos jovens, levando em consideração a individualidade de cada um. Nós estamos aqui vivendo essa transição de quando a gente fala de todos, em geral a gente não fala de ninguém. E quando a gente fala de cada um, a gente fala da diversidade que está aqui presente. Então esse olhar pra cada singularidade de cada um de vocês é o que a UNICEF tem tentado construir, para que o desenvolvimento seja assegura não para um modelo de adolescente ou de jovem que a gente tem na cabeça, mas para a realidade que se apresenta, pra história que de apresenta de cada um desses adolescentes. O racismo estrutural foi um dos temas abordados na reunião. E a estudante Joana Truká, do 3°ano do ensino médio, ativista, adolescente indígena do povo Truká, destacou que uma possível solução para combater esse problema é a reeducação de crianças e adolescentes por meio do letramento racial. A primeira lei da educação brasileira foi dizendo que pessoas negras não poderiam estudar. E aí quando as pessoas negras lutaram e realmente conseguiram estudar, estar dentro desse ambiente, são ensinados que são dependentes apenas de escravos, de pessoas escravizadas. Mas nao, pessoas negras também são descendentes de Reis e rainhas, também foram pessoas importantes para a história. Assim como acontece com os povos indígenas, que são ensinados na escola. E uma sugestão pra isso é reeducar, a forma como crianças e adolescentes aprendem na escola e a expressão que a gente usou pra isso foi o letramento racial. Já o senador Irajá ressaltou a importância de políticas públicas para iniciar e manter os jovens no mercado de trabalho.  O parlamentar do PSD do Tocantins, considerou alarmante os dados sobre a quantidade de jovens que não estudam nem trabalham: Eu queria chamar a atenção de vocês pra algo que mereça a nossa reflexão. Nos temos segundo o IBGE, em torno de 47 milhões de brasileiros e brasileiros que tem entre os 15 anos e 29 anos Nos temos infelizmente 1/3 desse universo, 17 milhões de jovens que nem estuda e nem trabalha. Isso é um dado alarmante, que nós precisamos enfrentar com a seriedade que merece. Muitos temas discutidos na audiência pública já haviam sido discutidos durante o encontro nacional - Reimaginando Futuros do UNICEF Brasil, com a presença de 50 jovens e adolescentes. Sob a supervisão de Maurício de Santi, da Rádio Senado, Carol Teixeira.

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