CRA debate bloqueio do BNDES a produtores com suspeitas de desmatamento ilegal — Rádio Senado
Audiência pública

CRA debate bloqueio do BNDES a produtores com suspeitas de desmatamento ilegal

A Comissão de Agricultura e Reforma Agrária do Senado debateu nesta quinta-feira o bloqueio anunciado pelo BNDES a produtores com indícios de desmatamento ilegal. Representantes do banco, do Ibama, da Embrapa, do Ministério da Agricultura e Pecuária e Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil participaram da audiência pública. Para o senador Jaime Bagattoli (PL-RO), está na hora de reconhecer a importância do agronegócio, como força econômica e de preservação do meio ambiente.

23/03/2023, 13h03 - ATUALIZADO EM 23/03/2023, 13h04
Duração de áudio: 02:38
Getty Images/iStockphoto/direitos reservados

Transcrição
A COMISSÃO DE AGRICULTURA E REFORMA AGRÁRIA DO SENADO DEBATEU NESTA QUINTA-FEIRA O BLOQUEIO ANUNCIADO PELO BNDES A PRODUTORES COM INDÍCIOS DE DESMATAMENTO ILEGAL. REPRESENTANTES DO BANCO, DO IBAMA, DA EMBRAPA, DO MINISTÉRIO DA AGRICULTURA E PECUÁRIA E CONFEDERAÇÃO DA AGRICULTURA E PECUÁRIA DO BRASIL PARTICIPARAM DA AUDIÊNCIA PÚBLICA. AS INFORMAÇÕES COM O REPÓRTER BRUNO LOURENÇO. O anúncio de que 58 proprietários tiveram financiamentos bloqueados porque imagens via satélite apontaram desmatamento irregular foi feito pelo BNDES no dia 17. Mas o Superintendente de Operações e Canais Digitais do banco, Marcelo Porteiro Cardoso, explicou que foi um percentual mínimo de irregularidades, e que o empréstimo continua reservado para o produtor até que ele comprove a situação regular. Aprovamos mais de cinco mil operações e apenas cinquenta e oito operações elas caíram nesse filtro e nove operações os produtores já conseguiram trazer a documentação e elas tiveram segmento elas estão sendo contratadas e o recurso será liberado. Rodrigo Justus de Brito, da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasi, se mostrou indignado com a divulgação feita pelo BNDES das suspensões de crédito, criminalizando, segundo ele, todo o setor. O que nós criticamos é a forma pela qual está sendo tratado um setor. E nessa mesma semana ouvimos também é a diretora do BNDES, a Tereza Campello, falando que o agro é predatório, que o agro destrói o meio ambiente no Brasil e que o modelo do financiamento ser revisto. O próprio Secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura e Pecuária, Wilson Vaz de Araújo, questionou a forma do anúncio. Eu não sei, porque às vezes a informação como saiu, é aquilo que o Rodrigo falou, ela sai, né? Dando um sinal de um segmento tão importante, mas um sinal negativo. Por que que não deixou claro que é um por cento do conjunto das operações? Para o senador Jaime Bagattoli (Bagáttoli), do PL de Rondônia, está na hora de reconhecer a importância do agronegócio, como força econômica e de preservação do meio ambiente. Não faz justiça também nós sermos chamados pelo uma imprensa de bandidos, chamados, colocado, nós, como vilão. Que o agronegócio é o vilão duma situação que tá causando problemas ao meio ambiente, entendeu? Eu conheço a Europa, conheço Estados Unidos, já fui na China, eu conheço os países lá pra fora, lá ninguém preservou nada, não existe um código florestal tão amplo quanto o nosso. Jair Schmitt, do Ibama, também ressaltou que as propriedades rurais com irregularidades são minoria e Guy (Gui) de Capdeville, Diretor de Pesquisa e Inovação da Embrapa, afirmou que o aumento de produtividade é a chave para diminuir os desmatamentos. Da Rádio Senado, Bruno Lourenço.

Ao vivo
00:0000:00