Paim defende projeto de igualdade salarial entre homens e mulheres

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O SENADOR PAULO PAIM DEFENDEU A APROVAÇÃO DO PROJETO QUE GARANTE A IGUALDADE SALARIAL ENTRE HOMENS E MULHERES QUE EXERCEM A MESMA FUNÇÃO.  A PROPOSTA É DO PODER EXECUTIVO E JÁ FOI ENCAMINHADA PARA ANÁLISE DO CONGRESSO NACIONAL. REPÓRTER BIANCA MINGOTE.  Prevista desde 1943 na Consolidação das Leis do Trabalho, CLT,  a equidade salarial entre homens e mulheres é ignorada pelas empresas no Brasil. Mas essa realidade pode mudar com o projeto de lei do Executivo queobriga as empresas a pagarem o mesmo salário a homens e mulheres que ocupem a mesma função. Quem descumprir a legislação terá de pagar uma multa no valor de dez vezes o do maior salário desembolsado pela empresa. Em pronunciamento em Plenário, o senador Paulo Paim, do PT do Rio Grande do Sul, defendeu a aprovação da proposta e lembrou que o Senado Federal já aprovou, por duas vezes, a igualdade salarial entre homens e mulheres. Mas lembrou que o texto foi devolvido para a Câmara dos Deputados. Paim destacou ainda que as mulheres merecem mais do que homenagens no mês de março, e frisou que é preciso respeitá-las combatendo o machismo, as discriminações e os preconceitos. Segundo Paulo Paim, as mulheres negras serão as maiores beneficiadas com a igualdade salarial porque ganham 50% a menos do que os homens brancos, enquanto as brancas recebem 30% a menos do que eles.  A mulher negra será a maior beneficiada. Por que? Pois ela ganha menos 50% do salário de um homem branco. E, quando eu digo "mulher e homem na mesma atividade, com o mesmo salário", ela vai ter, então, o reajuste significativo para ficar amparada. A mulher branca ganha em torno de 30% a menos, ela também vai ganhar. Então, todas as mulheres – branca, negra e índia – que tenham a mesma função de um homem terão o reajuste praticamente no mesmo patamar. O senador Paulo Paim também manifestou preocupação com o aumento de casos de feminicídio no Brasil. Segundo ele, somente no ano passado, ao menos 1.940 mulheres foram assassinadas em razão do gênero. A proposta que garante a equidade salarial entre homens e mulheres que exercem a mesma função será analisada pela Câmara dos Deputados e depois pelo Senado. Sob a supervisão de Hérica Christian, da Rádio Senado, Bianca Mingote.