Senador alerta para a falta de prevenção e ação em desastres — Rádio Senado
Desastres Naturais

Senador alerta para a falta de prevenção e ação em desastres

O senador Carlos Portinho (PL-RJ) lamentou mais uma tragédia envolvendo as fortes chuvas no litoral de São Paulo, que provocaram a morte de mais de 50 pessoas. Ao lembrar que os temporais mataram mais de 200 pessoas em Petrópolis no ano passado, ele ressaltou a falta de prevenção, como a inexistência de centros de monitoramento, e a leniência das prefeituras com construções em áreas de risco. Como relator da Comissão Temporária de Petrópolis, ele defende mais investimentos em habitação popular e um aluguel social com valor condizente com a realidade de cada cidade. O senador ponderou ainda a necessidade de treinamento da população e a instalação de radares e sirenes nos municípios com histórico de temporais nesta época do ano.

23/02/2023, 14h14 - ATUALIZADO EM 23/02/2023, 14h14
Duração de áudio: 02:34
Waldemir Barreto/Agência Senado

Transcrição
AO CITAR A TRAGÉDIA DE PETRÓPOLIS NO ANO PASSADO, SENADOR DEFENDE O FIM DAS CONSTRUÇÕES EM ÁREAS DE RISCO E UM ALUGUEL SOCIAL COM VALOR CONDIZENTE EM CADA CIDADE. RELATÓRIO DE 2022 REVELOU A FALTA DE PREVENÇÃO, TREINAMENTO DA POPULAÇÃO NOS MOMENTOS DE CRISE E DE ESTRUTURA PARA O ATENDIMENTO APÓS OS DESASTRES NATURAIS.  REPÓRTER HÉRICA CHRISTIAN Em fevereiro do ano passado, 233 pessoas morreram em decorrência das fortes chuvas que destruíram parte do Município de Petrópolis no Rio de Janeiro. Nessa semana, temporais provocaram a morte de mais de 50 pessoas no litoral norte de São Paulo. Ao lamentar mais uma tragédia, o senador Carlos Portinho, do PL do Rio de Janeiro, citou que as conclusões da Comissão Temporária de Petrópolis no ano passado continuam atuais. Entre elas está a falta de prevenção. Na condição de relator, Carlos Portinho apontou que as cidades não possuem, por exemplo, centros de monitoramento para impedir ou reduzir o tamanho dos desastres nem abrigos para a população atingida. Ele destacou ainda que os moradores das áreas de risco não são treinados para os momentos de crise e não contam com alarmes espalhados pelo município, já que as mensagens de texto não têm se mostrado eficazes. É preciso muito investimento em contenção, muita mobilização social, inclusive, quando toca as sirenes, as rotas de fuga, os procedimentos que devem ser treinados. E isso foi uma conclusão também do relatório da Comissão da Tragédia em Petrópolis, que serve para todas as cidades, o constante treinamento. O monitoramento, investimento em radares mais modernos que possam prever e obter maior previsibilidade sobre as chuvas, sobre o local das chuvas, a sua intensidade. Carlos Portinho ressaltou ainda a falta de ação das prefeituras a fim de impedirem a edificação em áreas de risco assim como a retirada imediata dos moradores dessas localidades. Ele cobrou do governo federal investimentos em habitação popular, além do Minha Casa Minha Vida para permitir a compra subsidiada de imóveis usados.   É preciso que tenha um rigor maior na preservação do meio ambiente nas áreas de encostas, áreas de vegetação nativa, áreas que estão sujeitas a esses deslizamentos, como houve aqui na tragédia de Petrópolis. E que possa ser investido em habitação social e esse é o maior desafio pelo volume, pelo déficit habitacional, pela necessidade de aporte de recurso. Mas pode ser combatido também pelo Governo Federal. A Comissão Temporária de Petrópolis também defendeu a existência de uma lei que defina valores reais para o aluguel social em cada localidade. Da Rádio Senado, Hérica Christian.  

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