Acordo entre Brasil e Ucrânia aguarda votação na CRE

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UM ACORDO ENTRE O BRASIL E A UCRÂNIA PARA A COOPERAÇÃO TÉCNICO-MILITAR ESTÁ EM ANÁLISE NA COMISSÃO DE RELAÇÕES EXTERIORES E DEFESA NACIONAL. O SENADOR NELSINHO TRAD DISSE QUE O CONFLITO ENTRE UCRÂNIA E RÚSSIA, QUE COMPLETA UM ANO NA PRÓXIMA SEMANA, NÃO INTERFERE NA APROVAÇÃO DO ACORDO. A REPORTAGEM É DE IARA FARIAS BORGES. Assinado em Brasília em outubro de 2011, o acordo entre o Brasil e a Ucrânia para cooperação técnico-militar aguarda votação na CRE, Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional. Segundo o documento, a intenção é promover a cooperação em áreas como produção e aquisição de produtos e serviços de defesa, transferência de tecnologias e licenças de produção de armamento militar, treinamento de pessoal e realização conjunta de atividades de pesquisas na área de armamento e equipamento militar. Para o senador Nelsinho Trad, do PSD sul-mato-grossense, que foi presidente da CRE, o conflito entre a Ucrânia e a Rússia completando um ano em fevereiro não prejudica o acordo.  Não houve nenhuma mudança na relação bilateral do Brasil com a Ucrânia. O Brasil se mantém neutro em relação ao conflito. O atual governo está defendendo grupos de trabalho e países neutros intermediando a negociação, o que, para mim, parece uma boa ideia. Nós também acreditamos ser interessante dizer que esse avanço é o reflexo do interesse dos dois países que estão em conflito. Nelsinho Trad defendeu a votação do acordo pelo Senado.  Ele é necessário. Talvez não convenha ao Senado da República intervir. O Parlamento só ratifica. A definição das bases deve ser feita pelas Forças Armadas e pelo Ministério das Relações Exteriores junto ao Executivo ucraniano. Não cabe ao Senado frear o que foi discutido ao longo de vários anos. Outro ponto: mesmo ratificado, só entrará em prática se o governo definir. O acordo técnico-militar entre o Brasil e a Ucrânia foi aprovado na Câmara dos Deputados em dezembro de 2021. Depois de instalada, a Comissão de Relações Exteriores vai definir o relator da matéria. Da Rádio Senado, Iara Farias Borges.